As minhas "miúdas" aniversariam no próximo 15 de Junho, sexta-feira ! Mania das mulheres sempre terem destas originalidades ...
Com tantos dias do ano, espaçadas de treze anos, entenderam que o 15 de Junho seria delas ! Excentricidades femininas ... eu diria !...
Significa isto, que enquanto que a Vitória completa os seus catorze anos ( à beirinha de entrar numa idade mais responsável, séria e complicada da vida ... acho ), a Teresa inicia-se nestas andanças de apagar velas, ou vela ... mais propriamente... coisa que ainda não domina.
Desta forma, as minhas duas netas resolveram complicar-nos um pouco mais a vida, porque se uma já quase quer ir à discoteca, ter o jantar com os amigos, numa incipiente abordagem nocturna ... a outra, tem a noite como imprópria para qualquer evento ou comemoração, nem que seja apagar a sua própria vela, porque essas horas se coadunam mais, para chupeta na boca, rabugice de sono e ó-ó na almejada caminha.
Assim, a logística destas coisas fica quase irresolúvel !
Juntar as comemorações, juntando a família e os amigos, seria uma ideia. Contudo, vem a revelar-se como um feito épico... uma impossibilidade inultrapassável.
Para ajudar à festa, uma vive separada da outra pelo Tejo de permeio. Margem norte, margem sul, com todo aquele "emocionante", rápido e fácil acesso à ponte, que todos conhecemos, com dificuldade acrescida ao fim de semana ... e com dificuldade mais acrescida ainda, neste tempo beirando o Verão, com o pessoal sedento de praia, mergulhado que tem estado há tempo de mais, na metereologia desanimadora e pouco generosa que se tem feito sentir ...
Por isso, nesta minha família de meia dúzia de "gatos pingados", tudo parece tornar-se sempre, gozadoramente provocador e difícil.... se não, mesmo impossível !
Discute-se ( parece-me que sem qualquer sucesso ), o "onde", o "quando", o "como" fazer para congregar interesses, conciliar vontades, enfim levar a bom porto o que efectivamente seria engraçado entre as primas ... poderem, desde já e vida fora, vivenciar em partilha com todos nós, a comemoração dos seus nascimentos.
Não sei se é o ser humano que é difícil de ajeitar, se aqui se trata sumariamente da confirmação de que não há de facto, coincidências ... É que, com mães complicadas na forma como encaram as coisas, duma maneira sempre espartilhada, musculada e irredutível, cada uma na sua "intocável" óptica, sem lugar a contemporizações, sem corações p'ra grandes cedências e acertos entre si, ou as raparigas um dia tomam conta da coisa, ou destas "moitas" não sairá "coelho" ... estou em crer !
É muito cedo para isso, mas penso que a "décalage" temporal entre elas, não irá mesmo viabilizar o alcance desse desiderato, haja em vista que quando a Teresa tiver a idade que agora a Vitória tem, já esta provavelmente é mãe de filhos ...
Isto sou eu, a pensar !... ( rsrsrs )
Assim, estamos de novo encalhados num beco aparentemente sem escapatória. E se vislumbrámos, lá longe, uma luzinha promissora por entre as nuvens encasteladas que por aqui persistem em passar, o que nos animou o coração e encheu a alma de auspiciosa esperança, logo o negrume do céu volta a descer e a envolver a nossa realidade, impedindo a concretização do que seria um passo importante na vida de todos nós : a aproximação das "margens" ...
Portanto, estou em crer que ainda não são as minhas "miúdas", desta feita, a conseguirem pegar a ponta do novelo para o desemaranhar, a conseguirem colocar bom senso na cabeça dos adultos, a conseguirem tornar uma "família" numa família de verdade !!!...
E é pena !
Talvez um dia possam vir a perceber, a importância de certas coisas na vida !...
Anamar
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