quinta-feira, 21 de agosto de 2008

"CHEGUEI"





Voltei...

Voltei e era minha intenção falar-vos do local que tive o privilégio de conhecer e desfrutar.
Apenas, antecipou-se algo de que quero falar hoje, e por isso, do que referi, falarei no próximo post.

Fez exactamente ontem um ano que o Frederico abriu "alas" e entrou...
Entrou num local que ainda hoje não conhece, num planeta de uma galáxia perdida no espaço que ele não domina, naquilo que convencionou chamar-se de VIDA ou DESTINO, tão hermético ou mais, que esse espaço...que essa galáxia...

O Frederico, passado um ano, ri, come, dorme, "ameaça" andar breve, "galreia" o que pode, é um bem disposto, é um serzinho que esbanja alegria e boa disposição, como quem queira armazená-la para o que "der e vier"...

Não sabe o trilho que o aguarda, ignora o que terá ou deverá fazer para o percorrer, não sabe de que "armas" dispõe para o enfrentar...

Terá tempo...
Como se diz, terá todo o "tempo do mundo" para saber que nada disto é "bem assim", que as flores que no início lhe parecerão desabrochar ladeando a estrada, têm muitas vezes espinhos aguçados que nos ferem...que as nuvens de algodão como "carneirinhos" no firmamento, se transformam muitas vezes em borrascas e tempestades avassaladoras...que os sonhos que sobem nos balões largados de mãos pequeninas, se esfumam logo adiante mal eles rebentam...
O Frederico não sabe que terá de escalar "montanhas" muito íngremes e que só terá para o ajudar a força dos seus braços e o poder da sua mente; não sabe que há muitos "lobos maus" à espera de outros tantos incautos "capuchinhos vermelhos"; desconhece que as lágrimas que lhe caem hoje, inofensivas pelo seu rostinho "bolachudo", um dia podem ser mesmo a sério e traduzir dor, desgosto, desilusão, impotência, sofrimento...

Mas tudo isso, o Frederico terá tempo demais para descobrir e não vou ser eu, que lhe quero tanto bem, que lho irei contar...
Eu, simplesmente irei ficando por aqui, com aquela "sabedoria" que cada ano de vida me adiciona, por cada cabelo branco com que me presenteia;
irei estando na berma da sua estrada a "espiar", a atapetá-la se puder, a retirar-lhe os escolhos se disso for capaz, a dar-lhe a mão (ou ele a dar-ma a mim...sabe-se lá...), por cada tropeço dele ou meu, a cantar-lhe a canção dos pássaros ou a dar-lhe a "sorver" cada nascer e pôr de sol em cada dia da sua vida, a ensinar-lhe a melopeia do vento ou a batida adormecida das ondas no mar... se conseguir...

Hoje, que se completou o primeiro ano da sua "estadia" por cá, só lhe quero dedicar esta escrita (que ele não lerá), este amor que ele "perceberá" pouco, este "não sei quê" que se não explica e que apenas corre por nós, veia acima, veia abaixo, e nos faz entender que o tal cordão umbilical que o ligou à mãe durante nove meses, passou a ligá-lo a todos nós, para sempre...

EU

Anamar

2 comentários:

Anónimo disse...

Vóvó babada.

Um texto para mais tarde recordar.

Beij

Maria Romã

colibri disse...

Olá minha linda
De regresso...né???
Parece que acabou ontem e estamos aí a "estourar" de novo...Ou será que não acabou e nós é que "sonhámos"???
Bom, não pensemos muito, senão....
Pois é, Maria...tudo "vira" só recordações, nesta vida!!!
Isto hoje está mau, como vês...
De qualquer modo, uma beijokinha grande para ti
Anamar