quarta-feira, 10 de junho de 2009

"UM ANO JÁ LÁ VAI..."


Há um ano, por estas horas, numa lenga-lenga de meninos, aportava eu aqui...

"Um dó li tá"...a frase que escolhi para iniciar este desatino que é a narração, de quando em quando, das minhas "coisas".
Coisas minhas só, coisas de todos ou para todos, rasgar de céus, desfolhar de páginas, sorrisos, inquietações, lágrimas, solidão, afectos e desafectos....VIDA!!...

Chegámos, eu e a minha gaivota.
Chegámos no sete-estrelo, nas asas de um pirilampo...
Vínhamos de longe, abrimos as portadas, regámos as sardinheiras, olhámos o infinito, aqui na janela sobranceira aos telhados, mansarda das estrelas, berço do sol poente...

Deixei que me visitassem muitos...todos quantos os meus olhos tocaram, todos quantos o meu coração albergou, todos quantos a minha mente alcançou nesta canseira de ampulheta a "pingar".

E trezentos e sessenta e cinco dias e trezentas e sessenta e cinco noites passaram, e madrugadas se multiplicaram, e insónias se instalaram, e ânsias de gritar se afogaram e partilhas se distribuíram...me moldaram, me aninharam...me "ninaram"...até que adormecesse...

E foi assim...
Não sei se valeu a pena. As minhas "estórias" insignificantes, falam numa linguagem muito mais a preto e branco que as cores do arco-íris.
São muito mais "estórias" de desesperança do que promessas de dias felizes e telas coloridas...

Mas são "estórias" minhas, com a cor da forma como as senti, as vivi, as vi...
São "estórias" doídas na primeira pessoa, são mais contos de bruxas e "capetas" do que de fadas e duendes.
Só porque a vida, tirando a cantiga de roda, não me deixa acreditar em muito mais...

Sou uma mulher de turbilhão...Sou feita de picos e depressões, de montanhas e vales profundos. Sou do sol ou da tormenta tenebrosa. Sou do mar bravio ou das ondas "flat"...sou da escuridão ou da lua cheia...Sou de uma felicidade sem medida, ou de uma mágoa sem tamanho...

Por tudo isto, esta minha mansarda, é lugar de paixão, é lugar vivido numa plenitude meio louca ao correr do teclado do computador.
Por aqui rio, por aqui choro, aqui se me embargam as palavras, aqui se me entorpece a mente, aqui se me toldam os olhos, daqui sou prisioneira ou sou livre...quantas e quantas vezes !...

A todos os que, visível ou invisivelmente, real ou virtualmente, comigo brincaram de "um dó li tá"...comigo rodopiaram na sorte de um "sorriso colorido"...o meu maior obrigada por simplesmente existirem e terem feito a mesma "agulha" que eu, neste carril que nos vai levando...

Com todos acendo UMA VELA de aniversário e ofereço simbolicamente esta flor branca...branca como a PAZ, de que um dia aqui disse, ser talvez o maior bem que o ser humano pode possuir...

Anamar

2 comentários:

Anónimo disse...

E eu por aqui, seguindo-te...com toda a admiração.

Continua...sempre...

Beij

Maria Romã

Leitora atenta, desde a primeira hora.

anamar disse...

Olá Maria Romã

Pois é...isso eu até sei.
Fiéis como tu, não há muitos. Obrigada também por isso.

Um grande beijinho
Anamar