quarta-feira, 15 de outubro de 2008

"O MAGNETISMO DOS NÚMEROS"

O fascínio e o hermetismo encerrados nestas imagens, justificam, só por si, que eu aqui deixe este apontamento, no mínimo, curioso...

Número é um objecto da Matemática usado para descrever quantidade ou medida. O conceito de número provavelmente foi um dos primeiros conceitos matemáticos assimilados pela humanidade no processo de contagem.

O conceito de número na sua forma mais simples, é claramente abstracta e intuitiva; entretanto, foi objecto de estudo de diversos pensadores. Pitágoras, por exemplo, considerava o número a essência e o princípio de todas as coisas; para Schopenhauer o conceito numérico apresenta-se "como a ciência do tempo puro". Outras definições:

* Número é a relação entre a quantidade e a unidade (Newton)
* Número é um composto da unidade (Euclides)
* Número é o resultado da medida de uma grandeza (Brennes)
* Número é uma colecção de objectos de cuja natureza fazemos abstração (Boutroux)
* Número é o resultado da comparação de qualquer grandeza com a unidade (Benjamin Constant)
* Número é o movimento acelerado ou retardado (Aristóteles)
* Número é a representação da pluralidade (Kambly)
* Número é uma colecção de unidades (Condorcet)
* Número é a pluralidade medida pela unidade (Schuller, Natucci)
* Número é a expressão que determina uma quantidade de coisas da mesma espécie (Baltzer)
* Número é a classe de todas as classes equivalente a uma dada classe (Bertrand Russell)

OUTRAS CURIOSIDADES
:

o número 69 é o único que existe cujos algarismos que compõem seu quadrado (692 = 4.761) e o seu cubo (693 = 328.509), formam todos os números entre 0 e 9 sem repetição.

o número 26 é o único que existe, que se encontra entre um quadrado (25 = 52) e um cubo (27 = 33) (provado por Fermat)

Uma pessoa levaria doze dias para contar de 1 até 1 milhão, se demorasse apenas um segundo em cada número. Para chegar a 1 bilião, ela precisaria de 32 anos.

Há 6000 anos, as sociedades primitivas egípcia e suméria viram a necessidade de representar, com desenhos ou símbolos, mecanismos de troca, aferição de colheitas, divisão de terras, etc. Essa é a origem longínqua dos números que utilizamos até hoje.

Com as primeiras cidades sumérias e do Egito (4000 a.C.), desenvolveram-se s prácticas de troca, a agricultura e a necessidade de simbolizá-las.

Numerologia é o estudo das influências e qualidades místicas dos números.
Segundo a numerologia, cada número ou valor numérico é dotado de uma vibração ou essência individual e indicaria tendências de acontecimentos ou de personalidade, apesar de não haver qualquer evidência científica de que os números apresentem tais propriedades.
O filósofo grego Pitágoras, é considerado por alguns numerólogos o pai da numerologia, apesar de não haver qualquer relação entre os cálculos que formam o mapa numerológico e o filósofo grego.
Na verdade, a numerologia é uma derivação da Gematria, um ramo da Cabala, que utiliza o alfabeto hebraico como base.
A numerologia seria então uma adaptação dos princípios da Gematria para o alfabeto romano.

E não pretendo tornar-me mais exaustiva...

Já aqui deixei um "cheirinho" sobre o magnetismo e a magia exercidos pelos números sobre a Humanidade, ao longo dos tempos...







Anamar

"ASSIM VAI A ( DES ) EDUCAÇÃO NESTA TERRA"...

SEM DEMAIS COMENTÁRIOS.....APENAS....."ISTO"....

FALA POR SI, NÃO FALA??!!



Anamar

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

"QUANTO MAIS CONHEÇO OS HOMENS..." - 3



Não resisti a deixar aqui mais uma comovente história, com que frequentes vezes somos surpreendidos pelos animais...

Desta feita, uma "história de amor e gratidão" protagonizada por um homem e um tubarão...o "justiceiro dos mares"!

Quanto temos de facto a aprender!!!...






Anamar

sábado, 11 de outubro de 2008

"A ESTRANHA ADAPTABILIDADE DO SER HUMANO"




Subi agora da rua, do tal "pequeno-almoço" desregrado, mais desregrado ainda por ser sábado.
Um dia absolutamente "chocho", com um tempo dormente de cinzento, "amodorrado" de quente, pesado de silêncioso...
A "minha gaivota" anda por aqui...sinal de que, lá p'rás bandas dela se anuncia borrasca...
A metereologia fez previsões de mau tempo no fim de semana...

Entre o pão com queijo e o galão, li um artigo num suplemento jornalístico, que me deixou alguma perplexidade. Não que tratasse de algo novo ou desconhecido;
bem ao contrário e infelizmente, referia-se tão só, a tanto nosso sobejamente conhecido, mas sempre perturbador...
O título aposto era qualquer coisa como "Sederot, a cidade mártir".

Sederot é uma localidade israelita,a 72 Km de Telavive, situada perto da fronteira com a faixa de Gaza.
Sederot é uma cidade, que os rockets palestinianos não poupam diariamente e várias vezes ao dia.
Sederot é uma terra, onde há uma vida normal dentro da anormalidade.

As pessoas trabalham, as crianças vão à escola, jogam à bola nos jardins, convivem...
Certamente confraternizam pelas razões comuns dos comuns dos mortais, brigam, amam-se, enfim...vivem ou sobrevivem sem nunca saberem se chegam ao fim desse dia, se estarão a entabular a última conversa com o vizinho, ou a marcar o último golo no jogo com os amiguinhos...

Altifalantes de aviso, instituem o alerta vermelho, frequente e sistematicamente, quando os rockets são disparados do outro lado, e a população tem vinte e dois segundos para procurar refúgio nas habitações dos "kibutz" ou nos abrigos existentes para o efeito.

22 segundos...pode ser a fronteira de separação entre a vida e a morte, entre o sonho e o pesadelo, entre o tudo e o nada!...

E no entanto...miraculosamente, diria, o poder de adaptação do ser humano, permite que estes seres sobrevivam acreditando que vivem...
Coexistem com o medo e o terror, anestesiadamente, quase já imunes ao instituído...

Estão muito sós e entregues ao seu próprio destino comum...
Familiares não aparecem por medo, a liberdade de movimento é relativa, a rotina, ou aquilo em que se tornaram os seus dias...assombrada!

E teimam em pintar a cores o que é cinzento e negro...teimam em conferir normalidade ao que é violência e incerteza...teimam em desmistificar o pavor, colorindo com desenhos infantis as paredes dos refúgios...os rockets que lhes "salpicam" o chão...

"Adaptabilidade"....
O ser humano adapta-se a tudo!...

Sempre se ouve dizer: "Tudo se ultrapassa, embora se pense que não...".
"Tudo se suporta, embora pareça faltarem forças..."

Entretanto...

"70000 portugueses sofrem de Alzheimer"...
"As doenças do foro mental crescem exponencialmente e desencadeiam padecimentos do domínio físico, porque o Homem tende a somatizar fisicamente os sofrimentos emocionais"...
" A depressão leva ao suicídio em Portugal, mais de um milhar de pessoas por ano..."
" A angústia, a insegurança e a ansiedade são causa de baixa produtividade de fracção significativa de cidadãos"...

"Adaptabilidade"...SERÁ??!!...

Anamar




sexta-feira, 10 de outubro de 2008

AS "ESTAÇÕES" DA VIDA...






Na segunda feira passada houve um "descalabro" atmosférico, como talvez se lembrem.
Chuva e mais chuva, vento e mais vento, céu de chumbo, alerta no país quase todo.
O primeiro dia à séria, de Inverno, diria eu, não fosse a temperatura, que apesar do desconforto, não era excessivamente baixa ainda, lembrando que afinal o Verão não foi embora há muito...

Nas minhas deambulações diárias atravessei o jardim público da terra onde vivo e pasmei com o espectáculo que me era oferecido.
Pasmei...também não sei bem porquê...porque nada tinha que não fosse esperável...
E apesar de triste talvez, era lindo!

O jardim é ornado nos limites por plátanos ou castanheiros bravos...penso que sabem ao que me refiro.
Nesta altura do ano, estas árvores de folha caduca já detêm poucas folhas ainda verdes presas nos troncos, quais esfinges esquálidas e nuas.
Afinal, o Outono está instalado...

Mas na segunda feira, o vento que soprava lembrando um secador "endemoninhado", encarregava-se de fazer um "despenteado" total na copa das frondosas árvores.
As folhas de plátano, de ocre vestidas, voavam pelo ar em cascatas, e no chão o tapete dourado adornava-nos o caminho encharcado da chuva.

É uma imagem de algum abandono e solidão, sem dúvida, a que nos fica quando um ciclo parece fechar-se e a promessa de uma espécie de hibernação, de letargia ou sono profundo se anuncia.
Há um "recolhimento" na natureza, há uma espécie de epifania anunciada, uma espécie de "maturidade" declarada...

É muito belo um jardim no Outono, com as alamedas cobertas das cores do sono e do intimismo.
Os tons pastel dos dourados aos castanhos, passando pelo cobre ou pelo vermelho ferrugem, são cores providencialmente quentes, com que a natureza parece proteger-se da rudeza alva do frio da neve, do gelo, da chuva, da estação que se avizinha.

São jardins de passagem rápida e não de paragem...

Os bancos estão desertos, os pássaros recolheram, as flores desapareceram há muito...
Já não há crianças a brincar, já não há idosos a contar "estórias", já não há casais a namorar...Os "elementos" escorraçam os transeuntes dos jardins de Inverno, em dias de intempérie...

Mas, como dizia Pessoa, que parafraseei lá atrás, "Um dia de chuva é tão belo como um dia de sol...ambos existem, cada um como é..."

Então, o Outono é tão belo quanto a Primavera que passou... e o Inverno próximo, será tão belo quanto o Verão que já foi...
Na natureza, como na vida...acreditemos e agarremos essa ideia com as duas mãos...

Todos existem...cada um como é!...

Anamar

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

"QUANTO MAIS CONHEÇO OS HOMENS...2"

Comentários...para quê??!!...

Apenas uma nota de humor e ternura que sempre nos dará que pensar...




Anamar

A FRASE DO DIA...OU DA NOITE...

"PROCURE SER UMA PESSOA DE VALOR EM VEZ DE PROCURAR SER UMA PESSOA DE SUCESSO.
O SUCESSO É SÓ CONSEQUÊNCIA"

Albert Einstein




Anamar

terça-feira, 7 de outubro de 2008

"RAINDROPS KEEP FALLING...ON MY HEART..."






Acordei hoje com a chuva a bater impiedosa na janela do meu quarto.

Arrebitei a orelha, os olhos sei que não abri, e como alguém que recusa, pensei : "aí está o Outono a sério a dar os primeiros sinais! O sol já emigrou por certo (assim me fazia adivinhar o escuro que penetrava pelas pequenas frinchas da persiana).
E aninhei-me como quem procura refúgio, mais e mais, no édredon.

A despedida objectiva do Verão sempre me deixa alguma nostalgia de fim de festa, que tende a acentuar-se progressivamente com o crescendo das nuvens no céu, com o cinzento desanimador e com a queda das primeiras águas.

Este ano, o Outono colheu-me ainda mais, de cores sazonais vestida por dentro e por fora.
Há em mim uma recusa imperativa de fecho de porta, de fecho de ciclo, de fecho de vida...como se uma despedida eu não pudesse ou quisesse fazer...

Sei que não dormi mais e fui divagando de pensamento em pensamento, de emoção em emoção, numa "viagem" interminável e incontida...porque o pensamento, afinal, é o que de mais seu o homem tem, em matéria de liberdade...
eu diria, a única "arma" de que dispõe, que melhor espelha a sua liberdade total.

E perguntei-me o porquê das "nuances" da Natureza sempre mexerem de uma forma ou de outra, com os meus estados de alma, que sempre caminham ao compasso dos dias, que sempre são permeáveis até ao seu âmago por todos os "presentes" que ela nos depõe em mãos??!!
Penso que associo inconscientemente o périplo das estações do ano, às "estações" das nossas vidas, e sendo assim, esta em que estamos é "devastadora"!...

Há pouco tempo atrás, jantei num restaurante que tinha inscrita na parede, uma sábia citação de Fernando Pessoa : "Um dia de chuva é tão belo como um dia de sol. Ambos existem ; cada um como é..."

Em tese, estou com Pessoa...
De facto, um dia de chuva também tem a sua beleza própria, a sua magia, sobretudo se vivido e saboreado com o coração. Caso contrário, para mim é uma verdadeira "calamidade"...

Estou a brincar, claro, mas nunca consigo dissociar a chuva de tantas e tantas madrugadas de aulas, há séculos atrás, a caminho do liceu ou da Faculdade, em que o desconforto da noite cerrada ainda, o frio e cargas de água que despencavam dos céus indiferente e copiosamente, transformavam aqueles inícios de dia em verdadeiros "filmes de terror"...
A confusão àquela hora na gare da estação ou na fila do autocarro, era inenarrável e o vento sempre dava um jeito de (baralhando os famigerados chapéus de chuva que ficavam caóticos no "convívio" com os vizinhos mais próximos), fazer com que a chegada ao destino, fosse mais ainda, de um "stress" indescritível...
Essa chuva era de facto, abominável!...

Tenho para mim, que verdadeiramente, chuva gostosa é a que se ouve cair no parapeito da janela, numa manhã de domingo, sob um édredon aconchegante, na modorra doce de um sono "embalado"...relógio a desvendar as oito e um sem número de horas displicentes ainda para dormir...
Essa chuva, sim, é uma bênção dos céus...

Quando crianças, todos gostámos da chuva; era uma aventura e uma adrenalina crescente desafiá-la, deixar-nos empapar por ela, saltitar de poça em poça pelos buracos da calçada, à revelia dos olhares e ordens paternas.
É a época em que os "putos" se fazem esquecidos do chapéu, e o que dá gozo realmente é molharem-se de preferência que nem "pintos"...
Os espirros, a "goteira" do nariz e tudo o resto, são inerências que depois não interessam nada...
É uma chuva inconsequente e feliz!...

Em adolescentes, se estamos apaixonados então, a fantasia de um passeio desfrutado a dois, bem juntinhos, partilhando o mesmo abrigo, tem também uma emoção acrescida e diferente.
É como se ficássemos ainda mais incógnitos, ainda mais escondidos naquele "tecto" improvisado, em que o calor dos corpos, mais próximos que estão, flui livremente, em que as palavras ditas não são mais que sussurros, em que a cumplicidade se faz sentir.
É gostoso passear assim num parque deserto, de chão feito tapete de folhas douradas, com a aragem a percorrer-nos sem que sequer a sintamos, ou ouvir a melopeia dos pingos de água na vidraça dum carro parado frente ao mar...
Essa, é outra chuva...

"Outra chuva" ainda, experimentei-a e diria que me encharcou até à alma, numa tarde de calor sufocante, de um Agosto tropical em Negril - Jamaica...

Era então uma praia de areia branca e água turqueza translúcido, ornada a coqueiros e cheiros adocicados...lembro até hoje...
Era uma praia, que foi praia deserta logo que a chuva vigorosa e violadora começou a tombar dos castelos de nuvens negras, repentinamente avolumadas num céu que era azul, assim que a tempestade tropical se anunciou...
Foi uma chuva forte, grossa, devassante...breve... que chicoteou os corpos nus...mas os envolveu numa carícia doce dos trinta graus de temperatura...

E fiquei a recebê-la sobre mim, de olhos semi-cerrados, saboreando-a voluptuosamente, quase com lascívia, deixando-me possuir sem resistência...mansamente...

Essa, foi a chuva que não tem nome, porque não tem adjectivos com que a qualifique...
essa, não me molhou o corpo...inundou-me o coração!!...

Anamar

 
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segunda-feira, 6 de outubro de 2008

O "SORTILÉGIO" DA AMIZADE...

Para a quarta ou quinta Lena do meu "percurso"...uma Lena inesperada, porém já não "virtual", fica aqui este campo de "margaridas"...que eu sei que ela gosta...





Eis-nos nas "horas escolhidas"...porque penso que também por elas fui escolhida...

Paz total, música excelente e a cumplicidade da madrugada, em que nos sentimos remetidos ao silêncio imperturbável, como uma mãe perscruta e vigia o sono repousante de um filho.
Lá fora, a cidade também dorme...pelo menos, grande parte dela.
Eu, não consigo ir dormir ainda...ritmos biológicos às avessas...

No sábado encontrei uma amiga.
Uma amiga que não sabia que tinha (só suspeitava )... uma amiga que não sabia que me tinha por amiga ( confuso? )...Mas é verdade!
E como vimos logo que éramos amigas!!...

Não sei bem dizer, mas passado algum ( pouco ) tempo, já falávamos linguagens que ambas entendíamos...já falávamos de tudo e de nada, cheias de pressa, como se não houvesse tempo útil para dizermos tudo o que, parece, tínhamos guardado para nos contarmos, um dia, quando nos esbarrássemos numa esquina da vida.

E realmente o tempo de que dispusémos "voou"...apenas o pico do "iceberg" foi desvendado, acho...

Mas aquela sensação de cumplicidade, de conversa entendida, de dificuldades conhecidas, de angústias similares, de dúvidas e medos... partilhada, era igual...

E fácil fácil, como sem se explicar se entende, nos virámos "do avesso", sem pose, sem faz de conta, na transparência e na clareza...

Acho que só não chorámos ainda juntas, porque a sensação de bem estar, confiança, paz e colo, se sobrepôs e porque ela, "cabeça feita", bem mais "arrumada" que eu, tem uma feliz boa disposição para, numa gargalhada, olhar a vida nos olhos e enfrentá-la com mais coragem e determinação...

Entre dois cafés, entre dois cigarros fumados à toa, soltámos risos, sentimos nós na garganta, expusémo-nos sem nenhum custo, naturalmente, como só o fazem pessoas que se conhecem há "séculos"...

Éramos simplesmente mulheres, com linguagens próximas, formas de vida comuns, percursos idênticos, "backgrounds" paralelos, de gerações contemporâneas, com estórias, preocupações, ansiedades e trilhos muito, muito parecidos...

Este "mistério", é dos "raros", inestimáveis e inesperados momentos com que por vezes somos presenteados...uma espécie de "miminho" com que a vida nos acena, uma espécie de doce para temperar o destempero de tanto amargor por aí espalhado...

Este "mistério", é dos indescritíveis e inominados "sortilégios" do destino...o "sortilégio" da amizade!!

Anamar

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

"CÁ SE FAZEM...CÁ SE PAGAM !...."

Para que nem tudo seja demasiado sério e "circunspecto" neste meu "cantinho"...e porque, de vez em quando, o melhor remédio nos tempos correntes é mesmo rir...
fica aqui esta pequena e deliciosa nota de humor...

Pensando bem , pensando bem...(e não é que eu seja pela "Lei de Talião"...) havia de ser assim com muito boa gente que nós tão bem conhecemos!

Pelo menos, eu ia ficar com dores de barriga de tanto rir!!!...




Anamar

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

"UM BEIJO NA NOITE DE HOJE..."






Para que nem tudo seja "ácido" no que escrevo nesta madrugada, deixo aqui este pequeno apontamento para alguém que sendo anónimo deixou de o ser...e me dizia : "Fico sempre atónito perante uma atitude poética. É como um beijo..."

Pois bem, para o Sequeira em especial, partilhando com ele o gosto pela poesia, o meu beijo com...Eugénio de Andrade!













Anamar

E A "EUROPA" AQUI TÃO PERTO...

Hoje, o meu post tem pouco de personalístico...
Vou apenas deixar à vossa consideração o teor de um texto que me chegou tristemente às mãos.

Não me vou pronunciar exaustivamente sobre o conteúdo do mesmo...apenas dizer:
"POBRE PAÍS ESTE...POBRE POVO, QUE ATÉ A CAPACIDADE DE REAGIR E O DIREITO À INDIGNAÇÃO JÁ PERDEU..."

Portugal visto de Espanha: AS VERDADES OCULTAS EM PORTUGAL

"LISBOA, 21 sep (IPS) - Indicadores económicos y sociales periódicamente divulgados por la Unión Europea (UE) colocan a Portugal en niveles de pobreza e injusticia social inadmisibles para un país que integra desde 1986 el 'club de los ricos' del continente.

Pero el golpe de gracia lo dio la evaluación de la Organización para la Cooperación y el Desarrollo Económicos (OCDE): en los próximos años Portugal se distanciará aún más de los países avanzados.

La productividad más baja de la UE, la escasa innovación y vitalidad del sector empresarial, educación y formación profesional deficientes, mal uso de fondos públicos, con gastos excesivos y resultados magros son los datos señalados por el informe anual sobre Portugal de la OCDE, que reúne a 30 países industriales.

A diferencia de España, Grecia e Irlanda (que hicieron también parte del 'grupo de los pobres' de la UE), Portugal no supo aprovechar para su desarrollo los cuantiosos fondos comunitarios que fluyeron sin cesar desde Bruselas durante casi dos décadas, coinciden analistas políticos y económicos.

En 1986, Madrid y Lisboa ingresaron a la entonces Comunidad Económica Europea con índices similares de desarrollo relativo, y sólo una década atrás, Portugal ocupaba un lugar superior al de Grecia e Irlanda en el ranking de la UE. Pero en 2001, fue cómodamente superado por esos dos países, mientras España ya se ubica a poca distancia del promedio del bloque.

'La convergencia de la economía portuguesa con las más avanzadas de la OCE pareció detenerse en los últimos años, dejando una brecha significativa en los ingresos por persona', afirma la organización.
En el sector privado, 'los bienes de capital no siempre se utilizan o se ubican con eficacia y las nuevas tecnologías no son rápidamente adoptadas', afirma la OCDE.

'La fuerza laboral portuguesa cuenta con menos educación formal que los trabajadores de otros países de la UE, inclusive los de los nuevos miembros de Europa central y oriental', señala el documento.

Todos los análisis sobre las cifras invertidas coinciden en que el problema central no está en los montos, sino en los métodos para distribuirlos.
Portugal gasta más que la gran mayoría de los países de la UE en remuneración de empleados públicos respecto de su producto interno bruto, pero no logra mejorar significativamente la calidad y eficiencia de los servicios.

Con más profesores por cantidad de alumnos que la mayor parte de los miembros de la OCDE, tampoco consigue dar una educación y formación profesional competitivas con el resto de los países industrializados.
En los últimos 18 años, Portugal fue el país que recibió más beneficios por habitante en asistencia comunitaria.
Sin embargo, tras nueve años de acercarse a los niveles de la UE, en 1995 comenzó a caer y las perspectivas hoy indican mayor distancia.

Dónde fueron a parar los fondos comunitarios? - es la pregunta insistente en
debates televisados y en columnas de opinión de los principales periódicos
del país.
La respuesta más frecuente es que el dinero engordó la billetera de quienes ya tenían más.

Los números indican que Portugal es el país de la UE con mayor desigualdad social y con los salarios mínimos y medios más bajos del bloque, al menos hasta el 1 de mayo, cuando éste se amplió de 15 a 25 naciones.

También es el país del bloque en el que los administradores de empresas públicas tienen los sueldos más altos.

El argumento más frecuente de los ejecutivos indica que 'el mercado decide los salarios'.
Consultado por IPS, el ex ministro de Obras Públicas(1995-2002) y actual diputado socialista João Cravinho desmintió esta teoría.
'Son los propios administradores quienes fijan sus salarios, cargando las culpas al mercado', dijo.

En las empresas privadas con participación estatal o en las estatales con accionistas minoritarios privados, 'los ejecutivos fijan sus sueldos astronómicos (algunos llegan a los 90.000 dólares mensuales, incluyendo bonos y regalías) con la complicidad de los accionistas de referencia', explicó Cravinho.

Estos mismos grandes accionistas, 'son a la vez altos ejecutivos, y todo este sistema, en el fondo, es en desmedro del pequeño accionista, que ve como una gruesa tajada de los lucros va a parar a cuentas bancarias de los directivos', lamentó el ex ministro.

La crisis económica que estancó el crecimiento portugués en los últimos dos años 'está siendo pagada por las clases menos favorecidas', dijo.

Esta situación de desigualdad aflora cada día con los ejemplos más variados. El último es el de la crisis del sector automotriz.
Los comerciantes se quejan de una caída de casi 20 por ciento en las ventas
de automóviles de baja cilindrada, con precios de entre 15.000 y 20.000 dólares.
Pero los representantes de marcas de lujo como Ferrari, Porsche, Lamborghini, Maserati y Lotus (vehículos que valen más de 200.000 dólares),lamentan no dar abasto a todos los pedidos, ante un aumento de 36 por ciento en la demanda.

Estudios sobre la tradicional industria textil lusa, que fue una de las más modernas y de más calidad del mundo, demuestran su estancamiento, pues su empresarios no realizaron los necesarios ajuste para actualizarla.
Pero la zona norte donde se concentra el sector textil,tiene más autos Ferrari por metro cuadrado que Italia.

Un ejecutivo español de la informática, Javier Felipe, dijo a IPS que según su experiencia con empresarios portugueses, éstos 'están más interesados en la imagen que proyectan que en el resultado de su trabajo'.
Para muchos 'es más importante el automóvil que conducen, el tipo de tarjeta de crédito que pueden lucir al pagar una cuenta o el modelo del teléfono celular, que la eficiencia de su gestión', dijo Felipe, aclarando que hay excepciones.

Todo esto va modelando una mentalidad que, a fin de cuentas, afecta aldesarrollo de un país', opinó.

La evasión fiscal impune es otro aspecto que ha castrado inversiones del sector público con potenciales efectos positivos en la superación de la crisis económica y el desempleo, que este año llegó a 7,3 por ciento de la población económicamente activa.

Los únicos contribuyentes a cabalidad de las arcas del Estado son los trabajadores contratados, que descuentan en la fuente laboral. En los últimos dos años,el gobierno decidió cargar la mano fiscal sobre esas cabezas, manteniendo situaciones 'obscenas' y 'escandalosas', según el economista y comentarista de televisión Antonio Pérez Metello.

'En lugar de anunciar progresos en la recuperación de los impuestos de aquellos que continúan riéndose en la cara del fisco, el gobierno (conservador)decide sacar una tajada aun mayor de esos que ya pagan lo que es debido, y deja incólume la nebulosa de los fugitivos fiscales, sin coherencia ideológica, sin visión de futuro', criticó Metello.

La prueba está explicada en una columna de opinión de José Vitor Malheiros, aparecida este martes en el diario Público de Lisboa, que fustiga la falta de honestidad en la declaración de impuestos de los lamados profesionales
liberales.

Según esos documentos entregados al fisco, médicos y dentistas declararons), los arquitectos d ingresos anuales promedio de 17.680 euros (21.750 dólares), los abogados de 10.864 (13.365 dólaree 9.277 (11.410 dólares) y los ingenieros de 8.382 (10.310 dólares).

Estos números indican que por cada seis euros que pagan al fisco, 'le roban nueve a la comunidad', pues estos profesionales no dependientes deberían
contribuir con 15 por ciento del total del impuesto al ingreso por trabajo
singular y sólo tributan seis por ciento, dijo Malheiros.

Con la devolución de impuestos al cerrar un ejercicio fiscal, éstos'roban más de lo que pagan, como si un carnicero nos vendiese 400 gramos de bife y nos hiciese pagar un kilogramo, y existen 180.000 de estos profesionales liberales que, en promedio, nos roban 600 gramos por kilo', comentó con sarcasmo.

Si un país 'permite que un profesional liberal con dos casas y dos automóviles de lujo declare ingresos de 600 euros (738 dólares) por mes, año tras año, sin ser cuestionado en lo más mínimo por el fisco, y encima recibe un subsidio del Estado para ayudar a pagar el colegio privado de sus hijos, significa que el sistema no tiene ninguna moralidad', sentenció."


Anamar

terça-feira, 30 de setembro de 2008

"OS BRINCALHÕES DOS MARES"

Anéis de Bolhas de Ar Feitos Por Golfinhos

Como o vídeo anexo mostra, há mergulhadores que conseguem produzir, com bolhas de ar libertadas por expiração controlada, anéis de ar, espectacularmente desenhados.
São seres racionais, treinados certamente a fazê-lo...
Até aí tudo bem!...



Mas os golfinhos, além de seres aquáticos afáveis e simpáticos, são conhecidos pela sua particular inteligência, doçura e trato fácil.
Assim, similarmente, conseguem produzir também os "blowing rings", criando um vórtex de água, que começa a propagar-se na forma de um toróide, aprisionando as bolhas de ar no centro!
E isso sim, é de facto espectacular!...



Podem pois observar-se golfinhos a brincar com aneis prateados, que eles têm a habilidade de fazer debaixo de água, para brincar.

Não se sabe como eles aprenderam, ou se é uma capacidade inata.

Como por magia, o golfinho faz um flip rápido com a cabeça, e aparece um anel prateado á frente do bico.
O anel tem a forma sólida de uma bolha em formato de "donut", que não sobe à superfície da água, permanecendo submerso.

Uma explicação possível para estes anéis prateados, é tratar-se de "vórtices de ar", invisíveis vórtices giratórios, gerados pelo movimento rápido e pelas voltas sinuosas que dá com as costas.

Quando os golfinhos "partem" a formação circular, as suas pontas são atraidas para um novo anel fechado, visto que o fluido de alta velocidade criado no centro do vórtex, está a uma pressão mais baixa do que o fluido que circula mais longe.

As bolhas de ar resultam do ar injectado a partir dos orifícios de expiração do golfinho.
A energia do vórtex da água assim formado, é suficiente para evitar que as bolhas subam à superfície, durante os segundos que duram as brincadeiras.

Mais um exemplo que corrobora a fama que detêm, de brincalhões, "bem dispostos" e criativos...


Anamar

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

"PARA LÁ DO UNIVERSO"

Hoje acordei com uma vontade louca de me ir embora...

E pensei: "Devem ter sido elucubrações como esta, comichão na sola dos pés e nos neurónios, que levaram o Cabral, o Gama, o Gonçalves Zarco, o Vaz Teixeira (aprendíamos isto tudo na escola), a fazerem-se "à pista"...

Bom, eu hoje se tivesse uma mochila, ninguém no meu Mundo e alguns cobres no bolso, ia mesmo à busca do outro Mundo, aquele que para lá da vidraça que é a vidinha de todos os dias, me acena "safadamente" com um ar miserável de pirraça por saber que eu não vou...

Este mês de Setembro, com um sol já tímido e que promete ir sumindo em exponencial até ao Inverno, lança pelo ar já, o desejo das próximas férias (as que teremos ou que gostaríamos de fazer); os sonhos empanturram-nos despudoradamente com destinos, destinos e mais destinos com a vontade a aumentar (apenas, na razão inversa do encolher do dinheiro );
os sonhos, que por enquanto são a única coisa legítima que possuímos e não paga imposto, a fervilharem-nos nas mentes e a espicaçarem-nos o desejo, levam-nos assim, logo ao abrir da pestana, a ficar com aquela vontade "marada" de ir mesmo embora...

Juro-vos, invejo "à séria", aqueles seres bafejados e predestinados que, porque não têm amarras, âncoras ou fateixas em nenhum porto ou areal, com a tal mochila nas costas, um cantil na cintura e mais meia dúzia de trastes...(eu, que por mais que me esforce nunca reduzo as minhas bagagens abaixo do irrazoável...coisa de mulher, será?!), partem mundo fora, transformando-o numa aldeia por onde se passeiam em lazer, sem hora de partida ou chegada, sem rota, meta, ou itinerário, apenas num desvario de sentidos, à descoberta de cada gente, de cada local, de cada céu, de cada sol...de cada desafio...

Sim, porque os céus, os sóis, até o vento, têm rota diferente e cheiro distinto em cada canto deste nosso espaço.

Adoraria poder perder-me, só por me perder, em cada pracinha, em cada banco de jardim, em cada dez centímetros de erva, em cada nesga de luz, em cada sardinheira de balcão...

Adoraria embebedar-me nas vidas, nas culturas, nas histórias que sempre nos contam espontaneamente, aqueles que as têm "aos molhos" e que também têm todo o tempo do mundo para as narrar...

Adoraria provar dos sabores e dos sons, da língua, da nostalgia ou da alegria, da luta, em cada retalho deste puzzle aleatoriamente criado...

Adoraria também falar-lhes do meu sol, do meu verde, do meu espaço generoso, de uma natureza quase sempre sorridente e mãe...

Também lhes ensinaria, que apesar disso sempre carregamos genericamente uma tristeza e solidão, sempre carregamos genericamente "cruzes" e conhecemos e cultivamos um sentimento de tradução difícil...SAUDADE!...

Adoraria "empacotar" por cá este destino e guardá-lo num sótão que não tenho, esquecer o que fui e sou, quem tive e tenho e rumar para lá do Universo...

Dirão que o meu "sonho" nada tem de original e será um sonho partilhado.

Está bem, não digo que não;
esta "panca" de marinheiro, aventureiro e descobridor, este "salsifré" que nos empurra para estradas não percorridas, para veredas e falésias inóspitas, para "mares" alterosos ou "flat", deve estar-nos nos genes mesmo... sei lá!...

Só sei que hoje, eu acordei com uma vontade louca de me ir embora...

Anamar


NOTA: Apesar de algumas fotos serem minhas, a grande maioria resultou duma exaustiva recolha na NET. Bem-haja a tão brilhantes autores que assim me permitiram tão profusamente ilustrar este post.