domingo, 12 de setembro de 2010

"AUSÊNCIA PROLONGADA..."

Verifico que há uma semana aqui não venho....

Sinto que não tenho na realidade muito do que falar...nada de muito relevante ocorreu na minha vida, nestes dias que agora se assemelham, e que tenho que descodificar no calendário em qual estamos.
Ainda nada deliniei e nem sei como vou fazê-lo, para ganhar algum dinheiro extra, pois o meu móbil neste momento, é ter um mínimo de tranquilidade económica, face à redução do vencimento. e portanto estou um pouco numa de "standby" no rumo destes meus dias.

Tenho um grande objectivo, reforçado até pela viagem que fiz, e que é, conseguir juntar todas as economias possíveis que possa, e viajar...viajar o mais que puder....porque cada vez mais sinto que o património mundial, é algo inestimável, algo que é triste se não lhe pudermos aceder....

Não pensem que me motivam as grandes metrópoles...os lugares badalados de turismo massificado...
Não...motivam-me os locais em que se supõe estar num qualquer paraíso sonhado, motivam-me as pequenas e rústicas aldeias no interior duma Provença, duma Itália despretensiosa, de interior lindíssimo...motiva-me uma esplanada onde possa escrever ou ler na paz dum local quase ignorado!
Queria tornar o Mundo cada vez mais o meu "quintal"!....

Por outro lado sinto em mim já, capacidades que não sentia anteriormente, para poder estar só comigo mesma, capacidades de intimismo, de introspecção....
Não sei se este patamar corresponderá também a fruto de toda uma medicação que se arrasta há largos meses; o facto é que pareço "navegar" neste momento, num estranho mar "flat", estou um pouco "adormecida" em relação aos altos e baixos do dia a dia!

Ontem, fiz um programa que às vezes faço, e me faz sentir agradavelmente livre....
Levantei-me tarde, sem preocupação de horários, tomei o pequeno almoço, tarde e más horas, claro, fui até ao Colombo....almocei um gelado imenso....(a prevaricação dá-me gozo...)....e fui ao cinema ver um filme espectacular : "Entre irmãos"...

"Entre irmãos" é um filme sem nomes sonantes, mas duma profundidade atroz!
Aborda problemas reais e humanos, seguramente vividos por famílias, cujas vidas, de alguma forma, foram "atravessadas" pela guerra.
Foca os conflitos individuais e humanos de quem sofre sevícias, torturas, toda a espécie de barbárie animalesca que um conflito armado propicia, e depois foca os problemas psicológicos, pessoais e familiares, traumáticos de quem é vítima de tal experiência...

Fui, obviamente coagida a lembrar os nossos ex-combatentes do Ultramar, com tudo o que isso me traz à memória....

Brilhantemente o filme termina com uma frase absolutamente real e nos fará pensar :" Dizem que quem vê o fim da guerra, são os mortos....Eu não sei sequer se conseguirei continuar a viver!"....

Aconselho-vos vivamente a visionar a película....

E pronto....o meu fim de semana não teria muito mais a contar....mas valeu a pena!

Anamar

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