Será um blogue escrito com a aleatoriedade da aleatoriedade das emoções de cada momento... É de mim, para todos, mas também para ninguém... É feito de amor, com o amor que nutro pela escrita...

domingo, 25 de outubro de 2020
" AÇORES EM ANO DE PANDEMIA " - ILHA GRACIOSA
domingo, 18 de outubro de 2020
" AÇORES EM ANO DE PANDEMIA " - ILHA DAS FLORES
CUBRES
Para mim, as Flores é a coqueluche das ilhas açoreanas. Se tivesse que eleger uma de todas as que conheço e são quase todas, como a mais completa, a mais fascinante, a mais próxima de um paraíso na Terra, as Flores ocuparia seguramente o pódium !
PISCINAS NATURAIS
PICO DAS CRUZES LAGOA COMPRIDA LAGOA NEGRA FAJÃ GRANDE ROCHA DOS BORDÕES ILHÉU DO MONCHIQUE CANA ROCA POÇO DO BACALHAU POÇO DO BACALHAU MORRO DOS SETE PÉS FAROL DA PONTA DO ALBERNAZ
quarta-feira, 14 de outubro de 2020
" AÇORES EM ANO DE PANDEMIA " - ILHA DO CORVO
Caldeirão
Foto do Caldeirão ( CIACC )
Avistamento da ilha
Vila do Corvo
Na subida para a cratera
O que se conseguiu ver
No pastoreio
Vila do Corvo
Piscinas naturais
Moinho
Moinho recuperado
E era dia de ir ao Corvo ! Claro, se as condições climatéricas assim o permitissem. E permitiram !
terça-feira, 13 de outubro de 2020
" AÇORES EM ANO DE PANDEMIA " - ILHA DE S. JORGE
Igreja de Santa Bárbara das Manadas
Alguém lhe chamou " um gigantesco navio de pedra eternamente ancorado no meio do Atlântico".
segunda-feira, 12 de outubro de 2020
" AÇORES EM ANO DE PANDEMIA "- ILHA DE SANTA MARIA
Está ali, a sul de S.Miguel no meio do Oceano Atlântico, fazendo parte do grupo oriental dos Açores, a primeira ilha deste arquipélago a ser achada - Santa Maria.
quinta-feira, 8 de outubro de 2020
" ATRÁS DE UM SONHO " - AÇORES EM ANO DE PANDEMIA - Dia 1
Não haveria seguramente melhor introdução à minha demanda do paraíso habitado por estes "estranhos e simpáticos loucos", do que ler este pequeno texto encontrado num "postal free" no Peter's Bar na cidade da Horta - Ilha do Faial, uma das que compõem o arquipélago dos Açores !
Dele, cheguei há dois dias, após uma digressão pelas ilhas menos conhecidas, de um conjunto fantástico, diverso e incomparavelmente belo, constituído por nove, todas particulares, todas com especificidades distintas ... mas todas igualmente românticas e sonhadoras !
quinta-feira, 24 de setembro de 2020
" AQUI DA MINHA JANELA " - HISTÓRIA DE UM PESADELO - ainda sinal dos tempos ...
Iniciar o dia ao som desta Ave Maria, só por si uma melodia celestial, recheada de imagens esmagadoramente belas, foi um privilégio concedido hoje, por uma amiga. Uma espécie de miminho ou afago no coração ...
domingo, 20 de setembro de 2020
" DIVAGANDO ... "
O Outono está a chegar ...
De mansinho bate-nos à janela, e entrará pela porta principal dentro de três dias. O equinócio de Outono, ao virar da esquina, fez-se já manifestamente presente nestes últimos dias ... A chuva chegou com ameaça de borrasca considerável, as temperaturas desceram, o céu cobriu-se de nuvens e o sol amarelou na tonalidade, amansou e tornou-se doce e envolvente, como só este sol de fim de estação o sabe ser ...
sexta-feira, 18 de setembro de 2020
" AQUI DA MINHA JANELA " - HISTÓRIA DE UM PESADELO - " levemos a carta a Garcia ..."
Escrevi há dois dias um texto relacionado com o início do ano escolar, no contexto pandémico que vivemos.
Era um texto que procurava fazer um ponto da situação do país face à Covid19, perante publicação, uma vez mais, do Estado de Contingência decretado pelo Governo.
Seguia-se uma análise ... a minha ... exactamente sobre essa imensa preocupação genericamente vivida pelos cidadãos deste país, no concernente à reabertura das escolas para mais um ano lectivo, sabido por todos que se trata de um período profundamente particular e preocupante, e um momento de muita apreensão, ansiedade e até receio.terça-feira, 15 de setembro de 2020
" AQUI DA MINHA JANELA " - HISTÓRIA DE UM PESADELO - outra página que se abre ...
" A verdadeira esperança sabe que não tem certeza. É a esperança não no melhor dos mundos, mas num mundo melhor "
Edgar Morin
Bom, li esta reflexão do filósofo Edgar Morin, ontem, algures por aí nos media, e ela aplica-se direitinho ao momento que vivemos.
De facto, se há momento da nossa vida recente, onde ela melhor encaixa, é exactamente este, em que a esperança que forçosamente tem que nos penetrar os espíritos, é uma esperança ténue, titubeante, medrosa, cautelosa, tímida de mais ... Meio pintura desbotada sem força para se colorir em plenitude ...
Integramos mais um período excepcional das nossas vidas, face à pandemia, que não só não arreda pé, como parece ter-se reforçado na força e na agressividade.
Os números diários por essa Europa fora e em Portugal também, ombreiam com os mais violentos do início deste flagelo.
E se na altura, as ordens dadas foram de encerramento, confinamento e regresso às tocas fazendo-nos de mortos ... agora, haja o que houver, estamos aí em campo aberto, dando o peito às balas.
Não existe de nenhuma forma, qualquer hipótese de conter a calamidade com medidas idênticas às que drasticamente foram tomadas em Março, Abril ... por aí. Em termos económicos, o país já derrocou o que havia a derrocar, e é inexequível que iguais medidas, no sentido de tamponizar sanitariamente a progressão dos contágios e o avanço da doença, possam vir a ser tomadas de novo !!!
Como paliativo, diria eu, decretou-se novamente um chamado Estado de Contingência que abarca em si um aperto nas restrições, que afinal nunca deixaram de existir.
Legislou-se de novo sobre os ajuntamentos, estrangularam-se mais as determinações sobre o funcionamento dos estabelecimentos comerciais, deliberou-se outra vez sobre as regras trabalhistas ( tipologia de prestação, horários, formas de convivência entre os trabalhadores no sentido de desfasamentos, quer de entradas, saídas, pausas, refeições ), mantiveram-se na restauração as medidas respeitantes ao distanciamento social, ao uso das máscaras, à lotação dos estabelecimentos ...
Álcool continua a não poder ser vendido nos espaços comerciais depois das vinte horas, e o seu consumo nos espaços públicos não permitido.
As actividades desportivas permanecem condicionadas ; os espaços de lazer que varavam as noites, como os bares e as discotecas com o figurino que lhes conhecemos, têm igualmente limitações rigorosas de horário, podendo, se aceitarem reconverter-se a pastelarias e bares simplesmente, laborar atá às vinte horas.
Pistas de dança, DJs e copos à discrição pela madrugada fora, nem pensar !....
Estas, são apenas algumas das medidas mantidas, alteradas e reconfiguradas.
E referi tudo isto, que pode afinal consultar-se nas determinações emanadas da Assembleia da República e que estão em exercício desde hoje 15 de Setembro pelo menos até ao fim do mês, para pegar no que verdadeiramente me trouxe à escrita desta crónica, por ser o que prioritariamente mais me preocupa, mais me deixa interrogativa e ansiosa : a reabertura do ano escolar.
Daí que a frase de Edgar Morin continue a martelar-me os parcos neurónios, já em "período de contingência prolongada" ...😎😎😎 : a busca desenfreada de uma esperança que me permita acreditar que apesar de sem certezas, alcançaremos neste arranque tão particular, não o melhor dos mundos ... mas um mundo melhor ...
As crianças, os adolescentes, os já menos jovens, os professores que encaixam numa outra faixa etária ... todo o pessoal de apoio logístico à abertura das escolas, iniciaram agora um caminho mais cerrado e tenebroso, mais duvidoso e incerto, do que o que nos devolveria o nosso D.Sebastião, na cerração daquela manhã de má memória ...
Ainda assim, os responsáveis puxaram de novo das forças, da criatividade, da entrega e da abnegação, da coragem p'ra voltarem a dar o tudo por tudo, em mais uma época escolar, juntando os cacos de uma outra que terminou coxa, incompleta, cheia de lesões e maleitas ...
Voltaram a reinventar o possível e o impossível, numa tentativa de "normalizarem" o rosto do que é tudo, menos normal.
Voltaram e têm em si a responsabilidade de nortearem, de adaptarem, de coordenarem e conduzirem uma massa humana muito particular, muito frágil e muito importante : os jovens deste país, uma outra vez entregues nas suas mãos ...
Pouco se sabe ? Inventa-se, improvisa-se, dentro da sensatez, do bom senso ... da boa vontade.
As dificuldades são inimagináveis e incontabilizáveis ? Tenta-se, tacteia-se na base do erro / acerto ... e progride-se, lentamente, em passos cautelosos ... o melhor que se saiba ... o melhor de que formos capazes !
"A verdadeira esperança sabe que não tem certeza ... "
Todos nós sabemos como a estrada é pedregosa, cheia de escolhos, de percalços, de armadilhas até !...
Mas não buscamos o melhor dos mundos. Já ficaremos felizes e tranquilos, se no balanço tivermos descoberto e alcançado um Mundo Melhor !!!...
Neste dia de hoje, saúdo e abraço com este meu texto, todos os meus colegas, que na nau das tormentas procuram um trilho de luz, nos oceanos !!!
Saúdo todos os encarregados de educação ... todos os pais, em que o coração se aperta e espreme no peito, por cada dia de dúvida, medo e apreensão ...
Saúdo e beijo todos os jovens que aí estão, respondendo presente, à chamada do futuro, do sonho e da VIDA !!!
Entre eles, envio um beijo muito particular, do tamanho do mundo ( perdoem a vacilação ) aos meus António, Vitória, Kiko e Teresa ...
Meus queridos ... a VIDA é de quem se atreve , não esqueçam nunca !!!...
Anamar
sexta-feira, 11 de setembro de 2020
"AQUI DA MINHA JANELA " - HISTÓRIA DE UM PESADELO - segunda vaga
Ao longo do ano passo por elas dia sim dia não, nos dias da caminhada.
Assim, insuspeita, vou-as namorando da Primavera ao Outono, acompanhando os seus ciclos biológicos, observando o despontar dos primeiros figos, o seu crescimento, a sua promessa generosa de produção abundante, ganhando a expectativa de algum dia ser dia de "colheita" ... 😁😁
Só que, os figos da mata, por direito, deverão ser pertença dos pássaros da mata !
E é exactamente isso que acontece. Os "malvados" sempre me tomam a dianteira, e os figos, coitados, nem tempo têm de chegar à idade adulta !
Menos mal, que dessa forma, a consciência sempre me fica mais leve !...
Hoje lá passei de novo, e de novo verifiquei a "rapinagem" que por ali vai ... Com silvas à volta, e figos visíveis já só nas ramagens fora de mão, "corta-se um dobrado" para os alcançar ...
E porque as ideias nos ultrapassam e os pensamentos voam mais longe e mais soltos que a passarada das ramagens, lembrei a já só saudosa e úbere figueira pingo mel daquela casa que me ficou longe, na Beira das minhas memórias, onde os frutos eram tantos e tão bons, que não havia refeição que os não integrasse na sobremesa ...
E lembrei o ritual da chegada, em fim de férias de Verão, quando, antes mesmo de criada a logística da família para a estadia de alguns dias antecedentes à época escolar que se anunciava, entrando no jardim, sorríamos agradados e lançávamo-nos todos, adultos e crianças, saudosos e sequiosos, sobre os figos maduros, verde esmeralda, que se ofereciam dos ramos engalanados...
E era comê-los "à fartazana" !
A avó, sem qualquer sucesso, bem avisava : "meninas, os figos quentes vão dar uma dor de barriga !..."
Uma vez, a gulodice era tal que nem percebemos que o Óscar, o gato da família que por direito também ia de férias, se escapulira da transportadora e, também ele se interessara vivamente pela figueira.
Não que quisesse os figos ( gato que se preza não come fruta, que eu saiba ), mas porque a figueira com todo aquele manancial generoso, era poleiro de infinita passarada e local de dormitório dos ladrõezitos de meia tigela, que dessa forma, tinham o pequeno almoço sempre servido à cabeceira da cama !...
Foi um "Deus nos acuda" no resgate do Óscar, que amarinhara aos galhos mais improváveis da árvore, e jurava que de lá não sairia.
Desde os apelos mais ou menos pacíficos (com toda a família de nariz no ar ao redor da figueira ) ... ao aliciamento da "fera" com comida no prato, de tudo se fez, e em limite, lá tive que trepar eu própria, a uma escada buscada em improviso.
E periclitantemente, e em vias de despencar a qualquer momento, enfrentei o esgar de assanhamento da criatura e arranquei finalmente os oito quilos de gato a um dos ramos mais inacessíveis !...
Lembro como se fosse hoje !... 😍😍😍
As saudades apertam mais ainda, nestes tempos de aflição que nos atormentam, e por isso, o pensamento parece buscar refúgio no que foi, nas histórias que vivemos, nas memórias que guardamos carinhosamente ... E tudo parece, contudo, tão longe, e ao mesmo tempo tão perto dos nossos corações !
Hoje, neste pesadelo que nos atormenta, as notícias que nos vão chegando ainda nos confundem mais as mentes, toldadas outra vez por um medo latente a instalar-se.
Os números da pandemia, alastram por essa Europa fora num descomando sem tréguas.
A tal segunda vaga ameaçadoramente prevista desde o início ... a tal segunda onda, que feita um tsunami mortal, varreria sem piedade e mais destrutivamente ainda, de uma forma cirúrgica, país a país, nos trilhos já martirizados e por ela percorridos, parece estar aí !!!
O Outono a chegar à nossa terra, o desbloqueio inevitável e urgente do imobilismo e confinamento a que fomos votados no início do flagelo, o retomar da tentativa de alguma normalidade, com o recomeço escolar e com a reactivação de serviços e actividades, muitas delas passando outra vez de tele trabalho a prestação presencial ... uma necessária e expectável maior utilização dos transportes públicos em inerência, entre outros aspectos, tornam preocupante, a evolução do contágio em todo o país.
Os números actuais já deixam apreensivos todos os cidadãos, e colocam o Governo e as autoridades de saúde, num espartilho sem tamanho, entre a responsabilidade sanitária sobre toda a população e a gravidade da situação de um país cuja economia em ruptura não pode de nenhuma forma, voltar a fechar.
A situação brutalmente adversa do turismo, da restauração, das empresas sem capacidade de garantirem já os postos de trabalho, com o consequente aumento do índice de desemprego ... as exportações que caíram a pique e demoram para se reerguer ... estão a lançar para a miséria, muitos e muitos agregados familiares !
Ou seja, vive-se neste momento uma verdadeira prova de fogo, a que o Governo respondeu, em tentativa de embolizar a situação, com o decreto de um novo Estado de Contingência, já a partir do próximo dia 15 !
As restrições acentuar-se-ão, as medidas impostas à protecção individual e colectiva serão mais rigorosas e apertadas, os cuidados a observar ainda mais exaustivos.
Em suma, voltaremos a sentir o peso de um novo isolamento mais exigente, de um maior afastamento e solidão outra vez ... de uma vivência excepcional e mais desgastante ainda ... nós, os que já nos sentimos tão fragilizados e cansados e que psicologicamente ( sobretudo as pessoas de faixas etárias mais avançadas ) percebemos claramente, uma resiliência a esfrangalhar-se dia após dia !...
Bom ... aonde os figos me trouxeram !!! 😄😄😄
Até amanhã ! Fiquem bem, por favor !
Anamar