Mostrar mensagens com a etiqueta Curiosidades. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Curiosidades. Mostrar todas as mensagens

sábado, 4 de fevereiro de 2012

" E AFINAL, FOI TUDO ... ONTEM !... "


O homem do "Borda D'Água" é um romeno, magrinho, já idoso, boné na cabeça, sorriso no rosto.
É do "Borda D'Água", mas também dos pensos rápidos.
Compremos ou não, sempre sorri, sempre faz uma vénia, sempre agradece ...
Não ostenta nunca um ar miserabilista ou pedinchão. Não é chato ou insistente.  Sempre nos sentimos compelidos a corresponder à sua simpatia ... "Bom dia !... Não, obrigada !"... digo-lhe eu à saída da porta ...
Sim,  porque ele quase "mergulha" na minha escada.
Não articula um vocábulo de português. Mas sorri, com o rosto miúdo e iluminado ... e um sorriso sempre é igual em todas as línguas !

O "Borda D'Água" é também um espécime em vias de extinção.  Os antigos, como diz a minha mãe, "guiavam-se" por ele ; as culturas obedeciam-lhe, o frio, o calor, as chuvas, os ventos, até as luas ... sempre úteis para as mulheres parideiras !

Lembrei o "Borda 'Água", porque recordei como anualmente sempre recordo ( e se o não lembrasse, a minha mãe encarregar-se-ia de mo trazer à memória ), que no passado dia 2, foi o dia da Senhora das Candeias, a tal santa também adivinhatória do tempo que fará daqui para a frente ...
Digamos que uma verdadeira assessora da metereologia do Paraíso ...
Fui reler o post que eu sabia obviamente ter colocado aqui neste meu espaço no ano transacto, pelo caricato, pela ternura, pela recordação ...
Nada mais que um registo para memórias futuras ... E lá estava o que ano após ano, oiço os quase 91 anos da minha mãe, vaticinarem :  "Se a Senhora das Candeias rir, o Inverno está p'ra vir, mas se a Senhora das Candeias chora, temos o Inverno fora" ... ou seja, se o dia 2 de Fevereiro for um dia ensolarado, o Inverno estará p'ra chegar, mas se nesse dia chover, o Inverno está a acabar ...

Sempre irei seguramente lembrar com saudade, um dia mais tarde, esta faceta curiosa da minha mãe.
À boa moda da sua época, a voz do povo ainda era a "voz de Deus", e a sabedoria popular, sempre a considerar.
Hoje ela diz : " Está tudo ao contrário !...  Desde que o Homem foi à lua, que nada é como era !..."

Desde que o Homem foi à lua !!!...

"Bem aventurados os simples e pobres de espírito ... deles será o Reino dos Céus" !...

Simples de facto ... simples no sentido de não se questionar o porquê de tanta coisa. Eram objectividades, eram factos, acontecia ... era assim !
Começava a chover pelo S. Mateus, e o Inverno seguia, como o espectável, de acordo com o "figurino".  Sabia-se bem com o que se contava ... e não falhava, normalmente.

As mulheres que pariam, recolhiam em "resguardo", à cama, e eram tratadas com canja de galinha ...
Os nascituros, enfiados nuns cueiros que os "couraçavam", e lhes impediam os movimentos nos primeiros tempos ...

"Hoje as crianças já nascem de olhos abertos " !...

Tudo diferente, tudo provocadoramente diferente.

Nas alcofas, e sempre na meia obscuridade, se pareciam sonhar, e esboçavam aquele esgar semelhante a um sorriso que os bébés fazem enquanto dormem ... estavam com a "lua" !
A mãe, juntava uns pelinhos de lã de uma camisola, criava com eles uma bolinha, e com saliva colocava-lha na testa ... para passar a "lua" ...

No sarampo, o resguardo era total.  Tudo se forrava a papel de seda vermelho ... os candeeiros, as lâmpadas, as vidraças, para a criança não ficar com a "vista prejudicada" ...
Não podia encarar a luz do dia !...

Se o bébé tinha prisão de ventre, estimulava-se a excreção das fezes, com um "talinho" de couve, molhado em azeite morno ...

Se se caía e se fazia um hematoma, o Hirudoid, tão nosso conhecido, nem ainda era sonhado.  Havia um "produto" natural que resolvia o problema : as "bichas", que tanto quanto me foi explicado, mais não eram que sanguessugas ; colocadas sobre o hematoma, destinavam-se a  "chuparem" o sangue pisado.
Como ficavam cheias e inchadas, despegavam da pele. Ali bem ao lado, deveria haver um recipiente com cinza quente, para onde elas rebolariam, e onde, ao que parece, largavam o sangue absorvido ... E pronto, aí tínhamos de novo, sanguessugas recicladas, prontas a entrar em acção !!!

As "catarreiras" ou males de peito, eram miraculosamente curadas com a "grade", desenhada com tintura de iodo, nas costas do doente, na zona pulmonar.
Era um cruzado de linhas, pintadas com a referida tintura.
Não me perguntem como actuavam, porque o não sei .  Aliás ... não sei mesmo se alguém o saberia !...
Era tão simplesmente assim !...
As pessoas eram "sangradas", por uma incisão no pulso, para que, no sangue eliminado lhes saísse também o mal.
Havia ainda as "ventosas", que se colocavam nas costas, para o mesmo efeito.
A ventosa era uma espécie de copo em vidro, no interior do qual se colocava um pedaço de algodão a que se puxava fogo.  Ao ser invertido sobre a pele, por ausência de oxigénio, a chama apagava,  e como o nome indica, funcionava como uma ventosa. A pele do doente crescia para o seu interior, como que chupada  pelo vácuo criado...
Devo acrescentar que se trata afinal de uma forma de medicina alternativa, originária da China, e de há muitos e muitos anos atrás!
Os "sinapismos", que me esforcei por perceber do que se tratava, feitos à custa de mostarda em pó embebida em água morna, ou as papas de linhaça, feitas de idêntica forma, só que a partir de sementes de linho, embebiam toalhas ou panos, formando uma cataplasma que colocada sobre o peito ou costas, aliviava a tosse, descongestionava os brônquios, era terapia das afecções respiratórias.


Eficácia ???...  Desconheço !!!...

Penso que se curava quem tinha por destino curar-se ... e morria, quem via chegada a sua hora !!!

Na prisão de ventre, davam-se "clisteres". Existia para isso, na "farmácia" caseira, um famigerado irrigador, objecto em vidro, onde era colocada água morna ;
Tinha o seu escoamento feito atravás de um tubo de borracha com uma torneirinha, que abria e fechava ao ritmo desejado. A mesma, terminava numa "cânula". Essa sim, tinha o papel de verter para o intestino do paciente, a bendita água morna, a qual, passados alguns minutos ( convinha que fosse retida o máximo de tempo possível ), provocaria uma tal "revolução" orgânica, conducente à resolução do problema pendente !!!... Quais laxantes ... quais Microlaxes ... qual quê !!!

As mulheres menstruadas não deveriam tomar banho, menos ainda de mar ! E lavar o cabelo então, nem falar !!
Estavam-lhes vedadas certas tarefas, porque dado o seu "estado", as prejudicariam.
Lembro-me que uma vez teimei em fazer um bolo, porque me apetecia.  Por obra do destino, o malfadado encruou,  não cresceu, e teve por isso um fim trágico ... ( rsrsrs ).
Claro está, que a tia com quem eu estava na altura, logo me responsabilizou pelo sucedido : "Bem te disse!!!... És teimosa" !!!

Num destes dias, em casa da minha filha, o Frederico que não pára um só minuto, caíu e fez um "galo" na testa, daqueles que crescem de repente e ficam negros num ápice.
Flagrei-me a pedir rapidamente uma rodela de batata para lhe por no dito, atando-lhe à volta da cabeça um lenço para a segurar ...
Toda a gente me olhou com aquele ar estupefacto de comiseração, como quem diz : "Coitada ... desta vez passou-se "!!!.... ( rsrsrs )

Resquícios dos tempos, tão lá para trás !!!

Bem, onde eu já vou ...
Comecei no "Borda D'Água" do romeno da minha porta ...

E pergunto-me :
"Que sentido fará tudo isto, às gerações actuais, às gerações das altas tecnologias, sempre em perene desenvolvimento, das sofisticações a todos os níveis, dos conhecimentos científicos em descoberta constante e em todos os campos ... gerações ligadas permanentemente a teclados, a écrans, a virtualismos, a especulações, que de tão ficcionadas já são tomadas como reais" ??!!

Provavelmente parecer-lhes-emos verdadeiros ETs, e perguntarão como conseguimos sobreviver, para afinal lhes termos podido dar continuidade ??!!...

Anamar

sexta-feira, 29 de abril de 2011

"GOD SAVE THE QUEEN !...."



Dia modorrento, tal como eu!
Acinzentado, um sol com vergonha de se anunciar...parece que cá e lá...
"Lá"... refiro-me a Londres, Londres refiro a chuva que haviam previsto cair, para "abençoar" aquele casamento, que de tão falado já vai estando gasto!

Café quase deserto ( as pessoas resolveram ficar placidamente em casa, a desfrutar da exaustiva reportagem de todas as televisões, comodamente nos sofás, fazendo "zapping" com frenesim, não fosse alguma das estações ter captado melhor este ou aquele flash imperdível ) ;

Eu, fui acordada e como consequência "atirada" para a rua, pelo telefonema, exactamente de Londres, do meu amigo David, que tem exultado com o casamento do seu príncipe.
David brincava a perguntar-me se eu já estava em Westminster, que não me havia encontrado, se eu havia recebido a sua encomenda esta semana, com bolinhos, chocolates, a adequada bendeirinha e até "wedding drops for cats", para a Rita...tudo à volta do "circo" mediático  de "souvenirs", montado a propósito do evento.
Claro que recebi, claro que "desgraçadamente" até já comi alguma coisa...enfim, o David, de meu "bom amigo" anda a passar-se para um verdadeiro "amigo da onça", colocando-me à força em regime de "engorda".

Bom, o casalzinho do ano, quiçá do século, realmente é merecedor de simpatia.
Quer William, quer Kate, são figuras carismáticas, pela aproximação inevitável a Diana, pela aproximação inevitável ao povo, à gente anónima que "acampou" literalmente, há vários dias, para não perder pitada da união dos seus príncipes e de os prestigiar.

São realeza e parecem gente comum. São simples de postura e simpatia.
Não têm a frieza dos britânicos, pior ainda, das figuras quase fantasmagóricas (algumas), da coroa tradicional que por lá ainda está.
Por eles parece perpassar uma lufada de ar fresco, de despretensiosismo, de quebrar de regras e rigidez de protocolos bafientos da monarquia...

Digamos que por eles, Diana fará finalmente a "sua justiça"!!...

A nós por aqui, ancestrais aliados que sempre fomos dos britânicos, estamos de tal modo "de tanga", que nem o "nosso D. Duarte", de tanga  poderia comparecer ao evento ...
Tudo nos corre às avessas e nem sequer temos um casamentozinho que nos possa valer, à entrada de algumas divisas, que tanto jeito nos fariam!!...

Resta-nos atordoarmo-nos com as imagens sempre de "conto de fadas" que envolvem de mistério e magia qualquer casamento, mais ainda se for  de uma princesa.... e desejar a Kate que

                           "GOD MAY SAVE HER!!..."

Anamar                                                                                                        

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

"THE HUMAN PLANET"

Recebi de uma colega este Clip da BBC, que por si só dispensa apresentações.

Achei que seria merecedor de ser visualizado por quem aqui venha ao meu "cantinho", afinal trata-se de uma visão diversificada e muito bem conseguida, da "casa" que nos foi destinada em sorte no Universo!
A sua diversidade, riqueza, preservação, defesa, admiração, deveriam ser valores por nós, o ser humano, prestigiados, e cada vez mais orientadores das nossas posturas e atitudes, no sentido de tomarmos em nossas mãos acerrimamente a sua manutenção e futuro!!!

Deixo-vos portanto com "The human planet"...


Anamar

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

"ST.VALENTINE'S DAY"


Existem diferentes versões sobre a origem do dia dos namorados.

É bem provável que a festa dos namorados tenha sua origem num festejo romano: a Lupercália. Em Roma,os lobos vagueavam próximos das habitações e um dos deuses do povo romano, Lupercus, era invocado para manter os lobos distantes. Por essa razão, era oferecido um festival em honra a Lupercus, no dia 15 de fevereiro. Nesse festival, era costume colocar os nomes das meninas romanas escritos em pedaços de papel, que eram colocados em frascos. Cada rapaz escolhia o seu papel e a menina escolhida deveria ser sua namorada durante aquele ano todo.

O dia da festa transformou-se no dia dos namorados, nos EUA e na Europa, o Valentine’s Day, 14 de fevereiro, em homenagem ao Padre Valentine.
Em 270 a.C., o bispo romano Valentino desafiou o imperador Claudius II, "the Cruel", que proibia que se realizassem matrimónios.
Para Claudius, um novo marido significava um soldado a menos.
Preso, enquanto esperava sua execução, o bispo Valentine apaixonou-se pela filha cega do seu carcereiro, Asterius, que mercê de um milagre, recuperou a visão.
Para se despedir, Valentine escreveu uma carta de amor para Asterius. Foi assim que surgiu a expressão em inglês "From your Valentine". Mesmo tido como santo pelo suposto milagre, ele foi executado em 14 de fevereiro.

O feriado romântico ou o dia dos namorados judaico: desde tempos bíblicos, o 15º dia do mês hebreu de Av tem sido celebrado como o Feriado do Amor e do Afecto.
Em Israel, tornou-se o feriado das flores, porque neste dia é costume dar flores de presente a quem se ama. Inicialmente, só era permitido às pessoas casarem-se com pessoas da sua própria tribo. De certo modo, era um pouco semelhante ao velho sistema de castas na Índia. O 15 de Av tornou-se o Feriado do Amor, um feriado judeu reconhecido durante os dias do Segundo Templo.
Em tempos bíblicos, o Feriado do Amor era celebrado com tochas e fogueiras.
Hoje em dia, em Israel, é costume enviar flores a quem se ama ou para os parentes mais íntimos. O significado e a importância do feriado, aumentaram em anos recentes.
Canções românticas são tocadas na rádio e em festas celebradas à noite, em todo o país.

No Brasil, a génese da data é menos romântica. Alguns atribuem-na a uma promoção pioneira da loja Clipper, realizada em São Paulo em 1948. Outros dizem que o Dia dos Namorados foi introduzido no Brasil, em 1950, pelo publicitário João Dória, que criou um slogan de apelo comercial que dizia: "não é só com beijos que se prova o amor". A intenção de Dória era criar o equivalente brasileiro ao Valentine's Day - o Dia dos Namorados realizado nos Estados Unidos.
É provável que o dia 12 de junho tenha sido a data escolhida, porque representa uma época em que o comércio de presentes não fica tão intenso. A ideia funcionou tão bem para os comerciantes, que desde aquela época, o Brasil inteiro comemora anualmente a data.
Outra versão, reverencia a véspera do dia de Santo Antônio, o santo casamenteiro.

Autor - Alexandre Diniz em Blog de 6/9/2010

Encontrei na Net este texto. Ouvira exactamente a história de Valentine na minha aula de Inglês-conversação, na passada quinta feira.
Hoje, que estamos a comemorar o dia, a professora de Inglês II colocou duas quadras bem "naïves", no quadro, que não resisto a deixar aqui :

"My love is like a cabbage
Divided into two...
The leaves I give to others
But the heart I give to you !..."

"I wish I were a China cup
From wich you drink your tea
And every time you took a drink
You could be kissing me..."

Bom, narrada a "story" e suas origens, deixado um apontamento romântico, era inevitável que eu não abordasse a efeméride, em que de ano para ano encaro de uma forma mais ácida...

Claro que direi que sou formalmente contra o "circo" de consumismo montado em torno destes eventos (tenho-o dito, ano após ano em que este blogue existe...)

Claro que direi que é hipócrita haver "dias de" ou "dias para"...isto porque, amar deverá ser o ano inteiro e cultivar e manter essa chama iluminada, também o deverá ser todos os trezentos e sessenta e cinco dias...

Claro que desvalorizarei gestos e atitudes no dia de hoje, muito doces e louváveis, se amanhã já se deixarão murchar as rosas vermelhas, porque as "rosas" são perecíveis...

Claro que direi tudo isto, mas oh incoerência do ser humano!... Sinto-me uma infeliz por eu própria afinal não ter o meu St. Valentine também!...
E fiquei vaidosa e emocionada, quando alguém que me conhece pouco, acha talvez que me conhece o suficiente, para me enviar "um beijo especial para uma mulher especial...neste dia também especial...", ou o meu amigo inglês, de Birmingham, que conheci meia dúzia de dias em Bali, muito só, vítima de AVC, mas um sonhador absoluto, ter arrastado a sua bengala até aos correios, para me enviar um coração vermelho cheio de bombons, de Inglaterra para cá...

Hoje ao almoço, a Lúcia "atafulhava-se" com uma bruta taça de morangos com chantilly, que chegava ao céu, e dizia : "é para aquecer o coração no dia de hoje! É assim o S. Valentim das pessoas sós!"...

Olhei para os morangos e pensei: "Ao menos ela aprecia morangos!..." Se eu fosse católica, diria: "Deus tira com uma mão e dá com a outra!!!!"...

Divirtam-se!!!...

Anamar

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

"COISAS DO ANTIGAMENTE...."


Hoje é dia de Nossa Senhora das Candeias.

Sabiam? Aposto que não...
Eu sabia...mas a minha mãe sempre se encarrega de me refrescar a memória, ano após ano, com estas questões "importantes"...

Acabei de falar com ela pelo telefone.
As chamadas são sempre curtas, porque são de telemóvel e ficam caras, de modo que giram sempre em torno dos mesmos itens: se dormiu bem, se já telefonou à neta mais velha, o que já fez em casa (se lavou, se limpou, se varreu....essas coisas importantes...), se já fez a caminhada diária que se auto-propôs (sim, que a minha mãe tem uma força de vontade e disciplina férreas, não é que nem eu!)...e terminamos normalmente em "como está o tempo"...

Aí é que entrou a Sra. das Candeias;
Diz ela que os "antigos, as pessoas do campo" (sic), se regulavam por estas coisas.
Passo a explicar qual um "Borda de água": "Se a Sra. das Candeias rir, está o Inverno p'ra vir....Se a Sra. das Candeias chora, está o Inverno fora", ou dito de outra forma, se o dia for de sol, o Inverno ainda estará para continuar, mas se ao contrário, chover, o Inverno está à beira do fim.

Ora este ano, como se constata, Ela riu; o dia hoje está lindo, de sol e céu limpo, portanto, como me dizia a minha mãe, "devo abrigar-me, porque se já estou constipada, tendo a não melhorar".

E eu perguntei-lhe (farta de saber, mas tendo que arranjar assuntos que interessem os seus quase noventa anos): "Então não é amanhã, a Sra. das Candeias?"
Resposta imediata: "Não, amanhã é S. Brás, protector dos problemas de garganta!"...

Lembro-me bem e enternecidamente, de em miúda sempre ir à missa e aos festejos que marcavam a data de amanhã.
Morava ao tempo em Évora, 7,8,9 anos teria na altura...numa avenida que tinha ao cimo, uma Igreja em homenagem a S. Brás, que todos em Évora conhecem e que ainda lá está, claro, no chamado Rossio de S.Brás.
Nesse dia, a Igreja tem festejos próprios em honra do santo.
Recordo com uma nitidez absoluta de, depois da missa, se formar à porta da igreja uma fila de pessoas, entre as quais estava eu, que iam deixar uma dádiva ao santo, recebendo-se em troca um "santinho" para marcar os livros de missa...

A minha esmola era p'raí de cinco tostões, já não lembro...e em troca não iria ter anginas o ano inteiro!!!!
Ainda hoje me parece "justo"!!!!!

Meu Deus...como o tempo corre!
Mas é como se me sentisse claramente na fila dos esmoleres ainda, com a moedinha na mão!
S.Brás, Évora, infância...o meu pai, a minha mãe, avós, tios, primos...a família incólume...ainda...há tantos anos já!!!!

Anamar

domingo, 30 de janeiro de 2011

"TARTARUGAS MARINHAS"


A tartaruga marinha , existente há 150 milhões de anos no planeta, é um réptil de origem terrestre, mas que evoluíu para o mar.
A sua carapaça tem cerca de 2 metros e pesam cerca de 600 quilogramas. São verdadeiros monstros marinhos, respeitáveis, com características muito próprias e simpáticas.

A tartaruga marinha sempre volta ao local onde nasceu. Na praia onde nasceu, ali desova, dando continuidade ao ciclo da vida, quando atinge o estado adulto, pelos 20 ou 25 anos de idade.
A desova das tartarugas marinhas, espécie protegida sobretudo em países que já estão sensibilizados para a inevitabilidade de se tratar de uma espécie em vias de extinção, e como tal, protegida, é um verdadeiro espectáculo.

Acontece na escuridão do início da noite. Não pode haver movimentações estranhas ou ruídos no areal, ou sequer luminosidade que não a natural, que a perturbe.
As tartarugas deixam o mar e sobem em direcção ao areal. Aí, com as suas patas nadadoras, ao estilo de pás de escavação aprofundam buracos para o depósito dos ovos. Acontece serem mais de cem ovos por ninho, embora a viabilidade de fertilidade desses mesmos ovos seja de 50%.
Durante a desova, a tartaruga entra em transe, um estado cataléptico tal, que se for tocada, não o acusa.
Quem quer assistir a este verdadeiro espectáculo, deverá ter uma postura silenciosa e discreta, vestindo-se de cores escuras, para que nada interfira na paz que deve reinar no areal.

Terminada a desova, a tartaruga cobre cuidadosamente os ovos, e disfarça o local, igualmente com as patas. Ela "sabe" que os predadores para os futuros nascituros, são imensos, desde aves marinhas, caranguejos, peixes, até infelizmente, o ser humano.
De seguida dirige-se para as águas onde vive, as profundidades oceânicas, por onde se passeia na sua cadência lenta, no meio dos abismos rochosos ou nos "jardins" de corais e anémonas, onde a luz solar, difusa, penetra mais ou menos, levando a água de azul escuro a turqueza e onde as cores multicoloridas dos peixes, de fazer inveja a qualquer arco-íris, acendem fogachos de irrealidade...

Quando os ovos eclodem, as pequenas tartarugas correm para o mar, seu habitat natural, mas ainda assim, a estatística de sobrevivência é de cerca de 1% apenas...

Eu acho que tenho um pouco de tartaruga marinha.
A minha "carapaça" também é imensa, e nela procuro esconder-me e proteger-me face às intempéries da vida, e com ela me defendo dos predadores da mesma...
Como ela sou um animal de solidão...e adoro o mar!
De resto, cumpro, sem discutir, tal como a tartaruga, o caminho adiante, escrito e destinado, o ritual de sobrevivência, lentamente, como uma dança...seraficamente...

Só não tenho a sorte de ter como ela, aqueles jardins à minha disposição, flores de coral e anémonas "bandos" de peixes indescritivelmente belos a rodear-me, abismos silenciosos, enigmáticos e profundos...

Anamar

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

"ESTORINHAS DA HISTÓRIA..."


Estou cheia das piores intenções. Hoje resolvi "comprar" a minha gaivota...Sim porque tudo tem um preço, incluindo as gaivotas.

Verifico que o seu voo é mais e mais rasante à minha janela, de dia para dia, e mais, que a minha gaivota já aliciou as amigas a passarem por aqui. Sendo assim, tenho uma família a trazer-me a aragem do mar, os grasnidos inconfundíveis e o ruído da rebentação aqui bem para perto de mim...

Por isso, achei que devia obsequiá-las com uns pedacinhos de bolachas sobre o parapeito...e como a tentação também nas gaivotas é superior ao que manda a prudência....não demorará que elas venham buscar à minha mão, a guloseima...aliás, como na Costa Rica eu também aliciava, indecentemente, a "ingénua" passarada!!!!

Hoje lá fui à minha caminhada...através daquele bosque, que qualquer dia estará um espectáculo.
Neste momento isso já se adivinha, pela eclosão das flores nas árvores, que vão do branco ao rosa, o amarelo das azedas que atapetam o chão, os medronhos a despontar, e ainda raminhos das bagas vermelhas do azevinho do Natal, que por lá ficou esquecido...não falando já na explosão do ouro das mimosas.
A passarada também por lá anda, de galho em galho, hoje particularmente feliz, porque um bonito sol de Inverno iluminava as clareiras.
Os melros de bico amarelo já nem levantam à minha passagem, e a água que corre no ribeiro, totalmente transparente, mostra os seixos e os líquenes que se depositam no fundo.

Aquele bosque era local de passeio da Rainha D. Maria I, aliás, ele situa-se frente ao Palácio Nacional de Queluz, residência da monarca e apesar de estar ao abandono, o que faz doer a alma, ainda mostra um pequeno miradouro de sua magestade (hoje sobre a IC 19....), e restos de azuleijaria portuguesa antiga, com as características cores azul e amarelo, totalmente vandadalizada, à boa "moda", infelizmente, de muito do nosso património...

E pronto....o assunto hoje é pobrezinho e um pouco chocho, mas se vos transportei por alguns momentos, para uma realidade mais fresca, de ar puro e são...já não foi tempo perdido!!

Anamar

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

"A VIDA"

Desde as três às seis e meia que não preguei olho.
Fui vendo as três e meia, as quatro e meia....as seis e meia, no mostrador luminoso do relógio da cabeceira da cama...
Sentia-me demasiado agitada para conciliar o sono, e consegui passar a insónia à Rita, que bem queria sossegar junto a mim, mas que muda de lado cada vez que me viro na cama (ainda não percebeu que os meus braços e pernas não são exactamente aquele "material" contorcionista de gato...

Como sabem ( e nisto acho que todos somos iguais), quanto mais corremos atrás do sono, no ímpeto de ainda o alcançar na próxima curva, mais ele nos faz negaças e se afasta, deixando crescer todo o tipo de conjecturas, pensamentos, dúvidas, angústias...que, por ser noite, tendem a agigantar-se....e fica tudo estragado.

Comecei inevitavelmente por pensar no "carrossel" que é a minha vida actual, na montanha russa do sobe e desce, com a adrenalina a fazer picos como a tensão arterial dum semi moribundo....
Comecei a pensar, que o "à roda à roda" do carrocel, inebria, entontece, anestesia, e na necessidade que eu provavelmente tenho de me anestesiar, como quando se toma um copo a mais para passar a meta da simples "boa disposição", um pouco mais para lá...



Depois do carrossel, imaginem que revivi, da minha infância, o tempo dos "robertos" (quem se não lembra deles??....) e daquele imaginário feliz e solto, quando por detrás do lençol preso entre dois paus, aparecia invariavelmente o bode expiatório da questão (o fantoche que estava ali para apanhar pancadaria), o polícia, obviamente destinado a instalar a moral e os bons costumes, que de cacetete em punho, distribuía a eito a pancadaria na cachimónia de madeira do desgraçado, o qual eu não tenho a certeza se saberia porque apanhava...e o touro....porque invariavelmente, a actuação dos robertos sempre terminava em tourada.....
A voz era em falsete, o enredo, digamos não muito perceptível, mas bastava o som estridente do cacete na cabeça mal amanhada do "desinfeliz"....para que fossem arrancadas gargalhadas e apupos da pequenada.

Os mais velhos, por vezes traziam de casa um banquinho para se sentarem, na praça da aldeia ou da vila, para assistitem à "função", porque o reumático já não se compadecia muito, e as "cruzes" começavam a dar sinal.

E pensei: "Como na vida.....
O que está ali para distinguir o certo do errado, indiscriminada e aleatoriamente, restabelecendo o convencionado como correcto.....e vá de dar cacetada no indefeso; o indefeso que não sabe porque tal destino o persegue....e o touro, se bem me lembro, que leva tudo à frente, encerrando a alegria da pequenada e estimulando a contribuição dos presentes, para quem, aquelas marionetas constituíam dia de festa na aldeia, quebrando a rotina de dias de trabalho arrastados, sempre iguais, e cuja receita minorava a miséria daqueles saltimbancos....porque tudo aquilo era mesmo uma verdadeira miséria!!....

Desculpem....isto hoje saíu em linguagem um pouco codificada. Por vezes é preciso. Cabe a cada um, se tiver pachorra, desfazer estes puzzles que eu construo!!!

Anamar

segunda-feira, 19 de abril de 2010

"LEMBRAM-SE ?"....



Nestes Tempos que afinal ainda são pascais, fui ontem, apesar de não ser a aniversariante, surpreendida pelo António, pela Vitória e pelo Quico ( como ele se "arranja"para se auto denominar próximo de Frederico, tanta volta este nome exige na língua), por este "mimo" de que alguns se lembrarão, outros não...não faço ideia se se vendem nas pastelarias a peso, ou não....

Ele eram tremoços, ervilhas, bercinhos (sim porque estes são os bébés), passarinhos...sei lá!
Era o meu pai que me comprava na Suiça ou na Nacional, um cartuchinho com todos os tipos, a peso, e floria dessa forma a minha Páscoa...


O meu pai já cá não está há muito...mas a ternura e o amor vence eternidades!
Por isso me lembrei de compartilhar com vocês, algum do licor que estes bébés têm na barriguinha...porque no meu coração, o doce, o licor, a memória, a saudade e o "quentinho" que estas amêndoas pascais, tão mas tão especiais rechearam em plenitude!!






Anamar











                                                                           

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

O "TORTO" DO DIREITO - curiosidades interessantíssimas







Desta vez, nada é meu, nada é de ninguém...e eu acho que merece ser de todos....

Historinhas no mínimo engraçadas, verídicas, que certamente todos acharão interessantes.....Agora, o pessoal de Direito então!!!!......

Enfim, uma lufada de ar mais fresquinho, aqui por estas bandas.

Se alguém se sentir plagiado, copiado, "espoliado"....ou algo assim parecido, que o diga! Lamentarei, mas retiro tudo, se for o caso, ok?

Advogados vs. Advogados

Essa é uma história real e que ganhou o primeiro lugar no Criminal Lawyers Award Contest.
Um advogado de Charlotte, NC, comprou uma caixa de charutos muito raros e muito caros. Tão raros e caros que os colocou no seguro, contra fogo, entre outras coisas.
Depois de um mês, tendo fumado todos eles e ainda sem ter terminado de pagar o seguro, o advogado entrou com um registro de sinistro contra a companhia de seguros.
Nesse registro, o advogado alegou que os charutos haviam sido perdidos em uma série de pequenos incêndios".
A companhia de seguros recusou-se a pagar, citando o motivo óbvio: que o homem havia consumido seus charutos da maneira usual. O advogado processou a companhia... E GANHOU !!!
Ao proferir a sentença, o juiz concordou com a companhia de seguros de que a ação era frívola. Apesar disso, o juiz alegou que o advogado "tinha posse de uma apólice da companhia na qual ela garantia que os charutos eram seguráveis e, também, que eles estavam segurados contra fogo, sem definir o que seria fogo aceitável ou inaceitável" e que, portanto, ela estava obrigada a pagar o seguro.
Em vez de entrar no longo e custoso processo de apelação, a companhia aceitou a sentença e pagou US$ 15.000,00 ao advogado, pela perda de seus charutos raros nos incêndios.
AGORA A MELHOR PARTE: depois que o advogado embolsou o cheque, a companhia de seguros o denunciou, e fez com que ele fosse preso, por 24 incêndios criminosos!!!
Usando seu próprio registro de sinistro e seu testemunho do caso anterior contra ele, o advogado foi condenado por incendiar, intencionalmente, propriedade segurada e foi sentenciado a 24 meses de prisão, além de uma multa de US$ 24.000,00.
MORAL DA HISTÓRIA
Cuidado com o que você faz! A outra parte também pode ter um advogado melhor e mais esperto!








O estupro

SENTENÇA JUDICIAL DE 1833

Como se tratava o estupro em 1833. Leia e veja porque havia menos estupros naquele tempo...

SENTENÇA JUDICIAL DATADA DE 1833 - PROVÍNCIA DE SERGIPE
Veja como era a Lei "nos antigamente" aqui no Brasil
SENTENÇA JUDICIAL EM 1833
"Ipsis litteris, ipsis verbis" - TRATA-SE DE LINGUA PORTUGUESA ARCAICA

PROVÍNCIA DE SERGIPE

O adjunto de promotor público, representando contra o cabra Manoel Duda, porque no dia 11 do mês de Nossa Senhora Sant'Ana quando a mulher do Xico Bento ia para a fonte, já perto dela, o supracitado cabra que estava de em uma moita de mato, sahiu della de supetão e fez proposta a dita mulher, por quem queria para coisa que não se pode trazer a lume, e como ella se recuzasse, o dito cabra abrafolou-se dela, deitou-a no chão, deixando as encomendas della de fora e ao Deus dará. Elle não conseguiu matrimonio porque ella gritou e veio em amparo della Nocreto Correia e Norberto Barbosa, que prenderam o cujo em flagrante. Dizem as leises que duas testemunhas que assistam a qualquer naufrágio do sucesso faz prova.

CONSIDERO:

QUE o cabra Manoel Duda agrediu a mulher de Xico Bento para conxambrar com ela e fazer chumbregâncias, coisas que só marido della competia conxambrar, porque casados pelo regime da Santa Igreja Cathólica Romana;

QUE o cabra Manoel Duda é um suplicante deboxado que nunca soube respeitar as famílias de suas vizinhas, tanto que quiz também fazer conxambranas com a Quitéria e Clarinha, moças donzellas;

QUE Manoel Duda é um sujeito perigoso e que não tiver uma cousa que atenue a perigança dele, amanhan está metendo medo até nos homens.

CONDENO:

O cabra Manoel Duda, pelo malifício que fez à mulher do Xico Bento, a ser CAPADO, capadura que deverá ser feita a MACETE. A execução desta peça deverá ser feita na cadeia desta Villa.

Nomeio carrasco o carcereiro.

Cumpra-se e apregue-se editais nos lugares públicos.
Manoel Fernandes dos Santos

Juiz de Direito da Vila de Porto da Folha Sergipe, 15 de Outubro de1833.

Fonte: Instituto Histórico de Alagoas

Anamar

sábado, 6 de dezembro de 2008

"QUANTO MAIS CONHEÇO OS HOMENS..." - 5



Poderia apor um sub-título a este meu post: "ANJANA, a "mãe" que todos gostariam de ter..."

Graças a um amigo, fui alertada para mais uma ternurenta e já não direi inesperada notícia do reino animal: Anjana, uma chimpanzé, adoptou voluntariamente dois filhotes de tigre branco, separados de sua mãe pela passagem do furacão Hannah.

Acarinha-os, protege-os, cuida-os, brinca com eles, como qualquer mãe deverá fazer com os seus filhos.
Anjana, parece ter em si o dom natural da maternidade, já que em circunstâncias similares, nunca negou o seu amor a outras crias igualmente órfãs.

Transcrevo a notícia, tal qual circula na Net, e tenho a certeza que ela, infelizmente, pode deixar muitos humanos reduzidos a uma insignificância atroz!!...











"Chimpanzé "adopta" filhotes de tigre na Flórida"

Macaca brinca, dorme e até oferece dedos para felinos usarem como chupeta.

No Jungle Park, na Flórida, uma chimpanzé, Anjana, adoptou dois filhotes de tigre branco, Mitra e Shiva, recém-chegados de outro parque na Carolina do Sul.

Os pequenos Mitra e Shiva, que ainda não se adaptaram ao calor de Miami, desde a sua chegada, encontraram na macaca Anjana uma espécie de mãe adoptiva.

A treinadora China York conta que a chimpanzé oferece os próprios dedos para os tigres usarem como chupeta quando estão chorando e que os três bichos dormem e brincam juntos.

A expectativa é que o relacionamento especial entre a macaca e os tigres continue até que eles cresçam e se tornem perigosos demais para conviver com a chimpanzé.

Esta não foi a primeira vez que Anjana adopta filhotes de outras espécies. Segundo a administração do parque Jungle Island, ela também já tratou de leõezinhos e de leopardos.



Anamar

terça-feira, 25 de novembro de 2008

"QUANTO MAIS CONHEÇO OS HOMENS..." - 4



Fui alertada por um comentário aqui neste espaço, para esta notícia.

Procurei informar-me e informar quem me ler...sem demais comentários. Apenas o relato objectivo e o testemunho de quem conviveu e partilhou a vida com DEBBY.

"Debby, o urso polar mais velho do mundo, e que por isso ocupava lugar de relevo no Guinness Book, morreu na noite de segunda-feira, 17 de Novembro, segundo o zoológico de Winnipeg, no Canadá.
A fêmea, que tinha 42 anos de idade – o dobro da expectativa de vida média para ursos em habitat natural - nasceu na Rússia em 1966 e seguiu para o Canadá um ano depois, órfã.
Debby morreu de forma assistida, por falência múltipla dos órgãos, de acordo com informações do zoológico. A sua saúde vinha a piorar nos últimos meses, mas o animal manteve-se alerta e activo até horas antes de morrer.

Em vida, conheceu o parceiro Skipper e teve seis filhotes.
A morte de Debby provocou comoção entre os seus veterinários e tratadores, conforme o depoimento por eles prestado.

O zoo irá construir um memorial em sua homenagem"








Segunda-feira, 24 de Novembro de 2008....apenas uma semana depois...

Casal Vende Bebé na Internet

Um jovem casal belga vendeu o filho recém-nascido a um casal holandês, numa operação feita através da Internet e que gerou, segunda-feira, enorme polémica na comunicação social da Bélgica.

"Será que vamos passar a comprar bebés no eBay?", questionou o jornal De Standaard Flandre, que considerou a venda como um caso de "tráfico humano".

Outro jornal, o Het Laatste Nieuws, considerou a venda "incompreensível".

As autoridades afirmaram no fim-de-semana, que foi aberto um inquérito contra o casal belga, cuja mulher deu à luz em Julho no hospital Palfijn Jan, na Bélgica.

As autoridades suspeitam que a mulher decidiu ter o filho porque já tinha negociado a venda do mesmo.

Caso se confirmem as suspeitas, a mãe pode ser presa durante cinco anos, uma vez que tal prática é considerada, na Bélgica, uma fraude punível com pena máxima de cinco anos de cadeia.


Sendo assim...PALAVRAS PARA QUÊ?????!!!!!!....

Anamar

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

"COM UMA SÓ FOLHA DE PAPEL..."

Pelos vistos com uma só folha de papel...e muita imaginação, pode "criar-se" o MUNDO!...

Deixo, sem mais comentários, trabalhos de recorte de artistas que dispensam outras referências. São...CURIOSIDADES!!!

Concurso no Hirshorn Modern Art Gallery

A regra era simples, cada artista apenas podia usar uma única folha de papel..















Anamar

terça-feira, 11 de novembro de 2008

"A ROLETA DO DESTINO"




Para tudo precisamos ter sorte neste Mundo...

Para se nascer no sítio certo, para não se estar no sítio errado na hora errada, para se ser cão, gato, pessoa...sei lá..

A "estrelinha" que parece acompanhar alguns, parece também relegar ao esquecimento outros tantos.

Não é exactamente igual, ou com similares possibilidades potenciais, nascer-se numa Europa de primeiro mundo, ou numa África enteada... em muitas zonas do continente asiático, ou mesmo em determinados países ou pedaços do continente americano, como sabemos...

Não é exactamente igual nascer-se numa família de um determinado estrato socio-cultural, ou noutra de cariz bem distinto.
E não me refiro especificamente ao acesso mais ou menos fácil a bens materiais, ainda que saibamos, que infelizmente este é determinante.
Refiro apenas, "tout court", a aleatoriedade pura e simples...a "roleta do destino ou do acaso".

Porque afinal, todos poderíamos ter nascido ou pertencido a qualquer lugar.

Esta reflexão impôs-se-me pela observação do vídeo que aqui deixo e que dispensa qualquer comentário...creio. (Obrigada amigo Filipe)

Na era dos "Direitos Humanos", em particular dos "Direitos das Crianças", na era das "Embaixadas da Boa Vontade", promotoras só por si de figuras públicas e por vezes não mais...olhe-se bem a realidade que transparece das imagens que aqui ficam...

Anamar

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

"HALLOWEEN"



Comemora-se hoje o "DIA DAS BRUXAS", mais uma data "importada" não haverá seguramente muito tempo em Portugal.
Eu, pelo menos, não lembro, enquanto criança ou jovem, que esse dia, entre nós tivesse alguma expressão.
Que alguém me corrija, se estiver errada...



A palavra Halloween tem origem na Igreja católica. É um dia católico de observância em honra de santos, dia de "Todos os Santos".
Mas, no século V DC, na Irlanda Céltica, o verão oficialmente terminava em 31 de Outubro. O feriado era Samhain, o Ano novo céltico.
Alguns bruxos acreditam que a origem do nome vem da palavra hallowinas - nome dado às guardiãs femininas do saber oculto das terras do norte (Escandinávia).



Assim, o Halloween marca o fim oficial do verão e o início do ano-novo.
Celebra também o final da terceira e última colheita do ano, o início do armazenamento de provisões para o inverno, o início do período de retorno dos rebanhos do pasto e a renovação de suas leis.
Era uma festa com vários nomes: Samhain (fim de verão), Samhein, La Samon, ou ainda, Festa do Sol.
Mas o que ficou mesmo foi o escocês Halloween.
Uma das lendas de origem celta, fala que os espíritos de todos que morreram ao longo daquele ano voltariam à procura de corpos vivos para possuir e usar pelo ano que ora se iniciava.
Os celtas acreditavam ser a única chance de vida após a morte, e acreditando em todas as leis do espaço e do tempo, isso permitiria que o mundo dos espíritos se misturasse com o mundo dos vivos.
Como os vivos não queriam ser possuídos, na noite do dia 31 de Outubro, apagavam as tochas e fogueiras de suas casa, para que elas se tornassem frias e desagradáveis, colocavam fantasias, e ruidosamente desfilavam em torno das habitações, sendo tão destrutivos e ruidosos quanto possível, a fim de assustar os que procuravam corpos para possuir...
Os Romanos adoptaram as práticas célticas, mas no primeiro século depois de Cristo, abandonaram-nas.
O Halloween foi levado para os Estados Unidos em 1840, por imigrantes irlandeses que fugiam da fome que grassava no seu país, passando então esse dia a ser conhecido como o "Dia das Bruxas".

Travessuras ou Gostosuras?(Trick-or-treat)


A brincadeira de "doces ou travessuras" é originária de um costume europeu do século IX, chamado de "souling" (almejar).
No dia 2 de Novembro, Dia de Todas as Almas, os cristãos iam de vila em vila pedindo "soul cakes" (bolos de alma), que eram feitos de pequenos quadrados de pão com groselha.
Por cada bolo que ganhasse, a pessoa deveria fazer uma oração por um parente morto do doador.
Acreditava-se que as almas permaneciam no limbo por um certo tempo após sua morte, e que as orações ajudavam-nas a subir para o céu, alcançando a paz.
Abóboras e velas: Jack O'Lantern (Jack da Lanterna)
A vela na abóbora provavelmente tem sua origem no folclore irlandês.
Conta a lenda que um homem chamado Jack, um alcoólatra grosseiro, em um 31 de Outubro bebeu excessivamente, e o diabo veio buscar sua alma.
Desesperado, Jack implorou por mais um copo de bebida, e o diabo concedeu-lhe o pedido.
Jack estava sem dinheiro para o último trago e pediu ao Diabo que se transformasse numa moeda. O Diabo concordou e mal vê a moeda sobre a mesa, Jack guardou-a na carteira, que tinha um fecho em forma de cruz.
Em desespero, o Diabo implorou-lhe que o deixasse sair, mas Jack propôs-lhe um acordo:libertá-lo-ia em troca de ficar na Terra por mais um ano inteiro.
Sem opção, o Diabo concordou.
Feliz com a oportunidade que lhe fora concedida, Jack resolveu mudar o seu modo de agir e a sua conduta de vida.
Começou a tratar bem a esposa e os filhos e a praticar obras de caridade.
Contudo a mudança não durou muito tempo...
No ano seguinte, na noite de 31 de Outubro, Jack estava a regressar a casa quando o Diabo lhe apareceu.
Jack, esperto como sempre, convenceu o diabo a pegar uma maçã de uma árvore.
O diabo assim fez e ao subir no primeiro galho, Jack pegou num canivete e com ele desenhou uma cruz no tronco.
Com isto, o diabo prometeu partir por mais dez anos, mas Jack ordenou ao diabo que nunca mais o aborrecesse. Ele aceitou e Jack libertou-o da árvore.



Para seu azar, um ano mais tarde, Jack morreu.
Tentou entrar no céu, mas a sua entrada é negada. Sem alternativa, vai para o inferno. O diabo também não lhe permite a entrada, mas com pena da sua alma perdida, o diabo deu-lhe uma brasa para que Jack pudesse iluminar seu caminho pelo "limbo".
Jack pôs a brasa dentro de um nabo para que durasse durante mais tempo e foi-se embora sem ter paz.
Por essa razão, os nabos na Irlanda eram originalmente conhecidos por "lanternas de Jack".
Quando os imigrantes vieram para a América, verificaram que as abóboras eram muito mais abundantes que os nabos, e por isso, na América, passou a ser uma abóbora iluminada com uma brasa, o símbolo da alma penada de Jack (Jack O'Lantern).
Diz-se que quem está atento, vê uma luzinha fraca na noite de 31 de Outubro e que é o Jack procurando um lugar de paz..
Os nabos na Irlanda eram usados como seu "lanternas do Jack" originalmente. Mas quando os imigrantes vieram para a América, eles acharam que as abóboras eram muito mais abundantes que nabos. Então o Jack O'Lantern (Jack da Lanterna), na América, era em uma abóbora, iluminada com uma brasa.



Bruxas
As bruxas têm papel importantíssimo no Halloween.
Não é à toa que ele é conhecida como "Dia das Bruxas", em português.
Segundo várias lendas, as bruxas reuniam-se duas vezes por ano, durante a mudança das estações: no dia 30 de Abril e no dia 31 de Outubro.
Chegando em vassouras voadoras, as bruxas participavam de uma festa chefiada pelo próprio Diabo.


Lançavam maldições e feitiços em qualquer pessoa, transformavam-se em várias coisas e causavam todo tipo de transtorno.
Diz-se também que para encontrar uma bruxa era preciso colocar suas roupas do avesso e andar de costas durante a noite de Halloween.
Então, à meia-noite ver-se-ia uma bruxa!...
A crença em bruxas chegou aos Estados Unidos com os primeiros colonizadores. Lá, ela espalhou-se e misturou-se com as histórias de bruxas contadas pelos índios norte-americanos e, mais tarde, com as crenças na magia negra trazidas pelos escravos africanos.



O gato preto
O gato preto é constantemente associado às bruxas.
Lendas, dizem que bruxas podem transformar-se em gatos e algumas pessoas acreditavam que os gatos eram os espíritos dos mortos.
Muitas superstições estão associadas aos gatos pretos. Uma das mais conhecidas é a de que se um gato preto cruzar o nosso caminho, deve voltar-se pelo caminho de onde se veio, pois se não o fizermos, o azar cairá na nossa vida.



Halloween pelo mundo
A festa de Halloween, na verdade, corresponde ao Dia de Todos os Santos e ao Dia de Finados, como foi assimilada pela Igreja Católica para apagar os vínculos pagãos que estavam na origem da festa.
Os países de origem hispânica comemoram o Dia dos Mortos e não o Halloween.
No Oriente, a tradição é ligada às crenças populares de cada país.

Espanha
Como em Portugal, comemora-se o Dia de Todos os Santos no 1º de Novembro e Finados no dia seguinte.
As pessoas usam as datas para relembrar os mortos, decorando os túmulos e as lápides das pessoas que já faleceram.



Irlanda


A Irlanda é considerada como o país de origem do Halloween. Nas áreas rurais, as pessoas acendem fogueiras, como os celtas faziam nas origens da festa e as crianças passeiam pelas ruas dizendo o famoso “tricks or treats” (doces ou travessuras).

México

No dia 1de Novembro comemora-se o Dia dos Anjinhos, ou Dia dos Santos Inocentes, e é quando as crianças mortas antes do baptismo são relembradas.
O Dia dos Mortos (El Dia de los Muertos), 2 de novembro, é também bastante comemorado no México.
As pessoas oferecem aos mortos aquilo que eles mais gostavam: pratos, bebidas, flores.
Na véspera de Finados, família e amigos enfeitam os túmulos dos cemitérios, e as pessoas comem, bebem e conversam, esperando a chegada dos mortos na madrugada.
Uma tradição bem popular, são as caveiras doces, feitas com chocolate, massapão e açúcar.

Tailândia
Nesse país, existe o festival Phi Ta Khon, comemorado com música e desfiles de máscaras acompanhados pela imagem de Buda.
Segundo a lenda, fantasmas e espíritos andam entre os homens. A festividade acontece no primeiro dia das festas budistas.

Alguns significados simbólicos


a abóbora
: simboliza a fertilidade e a sabedoria

a vela: indica os caminhos para os espíritos do outro plano astral.


o caldeirão
: fazia parte da cultura - como mandaria a tradição. Dentro dele, os convidados devem atirar moedas e mensagens escritas com pedidos dirigidos aos espíritos.

a vassoura: simboliza o poder feminino que pode efectuar a limpeza da energia negativa.
Associa-se-lhe o "meio de transporte" das bruxas.

as moedas: devem ser recolhidas no final da festa para serem doadas aos necessitados.


os bilhetes com os pedidos
, devem ser incinerados, para que os pedidos sejam mais rapidamente atendidos, pois elevar-se-ão através da fumaça.

a aranha - simboliza o destino, e o fio que tecem suas teias, o meio ou o suporte para seguir em frente.

o morcego - simbolizam a clarividência, pois vêem além das formas e das aparências, sem necessidades da visão ocular.
Captam os campos magnéticos, pela força da própria energia e sensibilidade.

o sapo - está ligado à simbologia do poder da sabedoria feminina, símbolo lunar e atributo dos mortos e de magia feminina.

gato preto - símbolo da capacidade de meditação e recolhimento espiritual, autoconfiança, independência e liberdade. Plena harmonia com o Unirverso

Cores:
Laranja - cor da vitalidade e da energia que gera força. Os druídas acreditavam que nesta noite de passagem para o Ano Novo, espíritos de outros planos aproximavam-se dos vivos, para vampirizar a energia vital encontrada na cor laranja.
Preto - cor sacerdotal das vestes de muitos magos, bruxas, feiticeiras e sacerdotes em geral. Cor do mestre.
Roxo - cor da magia ritualística.

Anamar

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

"O MAGNETISMO DOS NÚMEROS"

O fascínio e o hermetismo encerrados nestas imagens, justificam, só por si, que eu aqui deixe este apontamento, no mínimo, curioso...

Número é um objecto da Matemática usado para descrever quantidade ou medida. O conceito de número provavelmente foi um dos primeiros conceitos matemáticos assimilados pela humanidade no processo de contagem.

O conceito de número na sua forma mais simples, é claramente abstracta e intuitiva; entretanto, foi objecto de estudo de diversos pensadores. Pitágoras, por exemplo, considerava o número a essência e o princípio de todas as coisas; para Schopenhauer o conceito numérico apresenta-se "como a ciência do tempo puro". Outras definições:

* Número é a relação entre a quantidade e a unidade (Newton)
* Número é um composto da unidade (Euclides)
* Número é o resultado da medida de uma grandeza (Brennes)
* Número é uma colecção de objectos de cuja natureza fazemos abstração (Boutroux)
* Número é o resultado da comparação de qualquer grandeza com a unidade (Benjamin Constant)
* Número é o movimento acelerado ou retardado (Aristóteles)
* Número é a representação da pluralidade (Kambly)
* Número é uma colecção de unidades (Condorcet)
* Número é a pluralidade medida pela unidade (Schuller, Natucci)
* Número é a expressão que determina uma quantidade de coisas da mesma espécie (Baltzer)
* Número é a classe de todas as classes equivalente a uma dada classe (Bertrand Russell)

OUTRAS CURIOSIDADES
:

o número 69 é o único que existe cujos algarismos que compõem seu quadrado (692 = 4.761) e o seu cubo (693 = 328.509), formam todos os números entre 0 e 9 sem repetição.

o número 26 é o único que existe, que se encontra entre um quadrado (25 = 52) e um cubo (27 = 33) (provado por Fermat)

Uma pessoa levaria doze dias para contar de 1 até 1 milhão, se demorasse apenas um segundo em cada número. Para chegar a 1 bilião, ela precisaria de 32 anos.

Há 6000 anos, as sociedades primitivas egípcia e suméria viram a necessidade de representar, com desenhos ou símbolos, mecanismos de troca, aferição de colheitas, divisão de terras, etc. Essa é a origem longínqua dos números que utilizamos até hoje.

Com as primeiras cidades sumérias e do Egito (4000 a.C.), desenvolveram-se s prácticas de troca, a agricultura e a necessidade de simbolizá-las.

Numerologia é o estudo das influências e qualidades místicas dos números.
Segundo a numerologia, cada número ou valor numérico é dotado de uma vibração ou essência individual e indicaria tendências de acontecimentos ou de personalidade, apesar de não haver qualquer evidência científica de que os números apresentem tais propriedades.
O filósofo grego Pitágoras, é considerado por alguns numerólogos o pai da numerologia, apesar de não haver qualquer relação entre os cálculos que formam o mapa numerológico e o filósofo grego.
Na verdade, a numerologia é uma derivação da Gematria, um ramo da Cabala, que utiliza o alfabeto hebraico como base.
A numerologia seria então uma adaptação dos princípios da Gematria para o alfabeto romano.

E não pretendo tornar-me mais exaustiva...

Já aqui deixei um "cheirinho" sobre o magnetismo e a magia exercidos pelos números sobre a Humanidade, ao longo dos tempos...







Anamar