terça-feira, 13 de julho de 2010

"REVOLUTIONARY ROAD - OU A LUTA POR UM SONHO"

Lembro com nitidez o domingo em que visionei "Revolutionary Road", num cinema de Lisboa...
Não lembro quando, se 2006, 2007, ou até 2008 ou 9....nem lembro em que cinema foi...mas isso era o de menos!...
Bom mesmo, era dissecar o filme num jantarzinho calmo, bom mesmo, era acertar ou desacertar o passo nas opiniões sobre o que se vira.

"Revolutionary Road" foi alvo de total e absoluta coincidência de opiniões...

Mau mesmo, foi tê-lo revisto  há pouco, num canal de TV, aqui neste meu quarto vazio, e por isso, só agora estou a jantar, também neste quarto vazio, onde apenas sinto  a multiplicidade de emoções....as que o filme me voltou a impor, e outras, que de novo me levaram a reflectir.

Para quem não viu a película, esta linguagem talvez surja um pouco codificada, mas na sua essência, o que o drama foca (porque de um drama se trata), é o lutar ou o acomodar de um ser humano, a perseguir ou a desistir dos seus sonhos e do alcançar de um significado para a sua existência.
No fundo, é a luta entre o cinzentismo ou o colorido que uma vida possa apresentar, dependendo do sonho, da sensibilidade, do acreditar do ser humano...é a tentativa da não acomodação, e o desafio  à fuga do "vazio mortal", do quotidiano da maioria de todos nós...

Esta frase é dita intencionalmente, percebe-se, por um personagem que também faz parte da trama, supostamente louco ( e por isso se encontra internado num manicómio), e que simbolicamente encarna o papel do abanar das consciências, levanta a questão da insatisfação do quotidiano que arrastamos, nos agrilhoa e de que não conseguimos evadir-nos.

O sonho, o objectivo, a meta, a razão para lutar, não desistir, acreditar....têm que estar em cada manhã nos nossos espíritos, e será com eles que a vida poderá ser comandada com alguma consistência.
O reverso disto, é o vazio duma vida que só se finge viver...

Anamar

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