sábado, 26 de novembro de 2011

CRÓNICAS DE FÉRIAS IV - "AINDA 11-11-2011...só que às 22 horas já ..."


Quem já assistiu a uma tempestade tropical, sabe como é o ribombar do trovão nos grandes espaços.
Sabe com antes dela o calor sufoca, enquanto dura, a frescura se instala, para de novo quando tudo se pacifica, o calor abrasador retornar.

Lembrei Angola, há muitos, muitos anos atrás ...
Lembrei África, e a vastidão sem limites ou horizontes ...
Também como hoje, sobre a baía de Luanda, os relâmpagos rasgavam os céus, desenhando figuras esfíngicas e fugazes. Repentinamente, o  "dia" voltava, mesmo sendo noite, só porque a sua luz acendia a escuridão.
O som atroador calava então a natureza, por momentos, num misto de surpresa, respeito, medo ...

O mesmo por aqui hoje ...

O céu negro fica claro, os coqueiros e as palmeiras despenteados pelo vento, contrastam, numa aguarela a preto e branco.
A "guerra" das nuvens lá por cima não tem tréguas.
A natureza com toda a sua grandiosidade, mostra-se, impõe-se, determina claramente quem manda mais!

E fica-se assim, pequenino, frente a um espectáculo fantasmagórico de luz e sombra, de som e silêncio, confrontando-nos com a desproporção do que somos e do que pensamos, acreditando que sempre podemos dominar tudo e todos ...

O pigmeu face ao gigante ... o Homem face ao "Arquitecto" ...

Anamar

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