sábado, 29 de janeiro de 2011

"MOURINHO - A VITÓRIA DO HOMEM"


Computador avariado, para variar (eu acho que são os desígnios divinos que se conjuram para me tirar "protagonismo" aqui no meu canto....rsrsrs). Bom, mas há sempre um amigo generoso que sabe destas engenhocas, e que o tirou do estado comatoso para o recobro (ele coitado não tem muito mais hipóteses)...

Simultâneamente, e acho que por solidariedade, adoeci eu. Eu, infelizmente continuo, e portanto tenho passado o máximo tempo possível na cama (nem PC, nem TV...vontade zero...escrever, também não!)
Mas voltei às lides.

Há dias recebi um mail, que reencaminhei para os meus contactos todos, tal a "enormidade" que eu acho ele constituir.
De um amigo, recebi de volta, o repto de abordar o meu ponto de vista, aqui no "Filosofices".

Eu sou uma mulher de consensos, mas não refuto uma boa demanda, dialéctica, troca de opiniões e pensares, sobre nada, portanto embora sabendo que é polémico, aqui estou.

Primeiramente, vou disponibilizar o texto do mail tal o recebi, e depois, tecer aquilo que se me oferece sobre o seu conteúdo.


José Mourinho: Deus e a carreira de sucesso

Melhor treinador de futebol do mundo fala da sua fé, da Bíblia que lê antes dos jogos e da «missão» que lhe sente ter sido destinada
Madrid, 22 Jan (Ecclesia) - José Mourinho acredita que Deus também faz parte da sua carreira de sucesso e, rejeitando superstições, gosta de ler algumas páginas da Bíblia antes dos jogos não para “Lhe pedir” ajuda, mas porque “acredita que Ele está”.

“Quando leio a Bíblia não estou propriamente a pedir-Lhe para que me ajude. Eu não peço para que me ajude num jogo. Mas penso que se eu for um bom homem, um bom pai, um bom marido, um bom amigo, se tiver uma vida social compatível com aquilo que são os Seus ideais, penso que tenho mais possibilidade de... É uma coisa que me alimenta na fé”, refere o treinador da equipa de futebol profissional do Real Madrid.

As declarações de José Mourinho foram recolhidas em Madrid, no âmbito de um projecto editorial sob figuras empreendedoras em Portugal, promovido pelo CLEPUL (Centro de Literaturas e Culturas Lusófonas e Europeias da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa) em parceria com o Centro Regional do Porto da Universidade Católica Portuguesa e com a Universidade de Aveiro, a que o Programa «70x7» se associou.

[[v,d,1758,Melhor treinador de futebol do mundo em registo pessoal, no «70x7»]]Na emissão deste Domingo, 23 de Janeiro, o «70x7» apresenta José Mourinho num discurso na primeira pessoa.

O homem que recentemente foi eleito o melhor treinador do ano pela FIFA/France Football diz quais as suas convicções, as memórias pessoais que determinaram a sua vida e o que faz dele o “special one”, o especial.

Para José Mourinho, tem sido determinante para o sucesso desportivo o facto de ter tido formação académica, capaz de lhe dar conhecimento para exercer lideranças com qualidade.

“Eu tive formação académica porque quis ter e porque nasci numa família onde havia um certo controlo familiar”, refere, recordando a importância da mãe, professora, no seu percurso formativo, assim como a influência da mulher, que estudou filosofia.

“Há uma coisa que digo sempre: tenho de tomar decisões mas tenho de ter razões para as minhas decisões” porque, reconhece, “o jogador de futebol não é fácil gerir”.

Nos momentos de tensão, quando toma decisões por intuição e que determinam um jogo e, por vezes, uma época, reconhece também a presença de Deus.

“Eu digo sempre: Ele lá em cima apontou para mim e disse tu vais ser um dos talentosos naquela área. E assim foi”, afirmou Mourinho.

“Sem ser aquele praticante profundo - que não o sou ou por personalidade ou pelo próprio estilo de vida que acabo por ter - acredito muito que ele está e que, da mesma maneira que me escolheu como um dos eleitos, eu tenho também uma missão a cumprir neste mundo”, precisa.

“A minha leitura de duas, três, quatro páginas da Bíblia antes dos jogos é simplesmente um acto de fé e de me sentir bem”, acrescenta.

No programa «70x7» de 23 de Janeiro, com emissão na RTP2 pelas o9h30, José Mourinho revela também as suas convicções e as características de uma personalidade que fazem dele o melhor treinador de futebol do mundo.

(sic)

Aborda ele a figura de José Mourinho, e o que eu considero de "aproveitamento abusivo e ridículo" da Igreja Católica, sobre essa figura, e que só poderá envergonhar os cidadãos de uma forma geral: os católicos convictos, irão enrubescer e pôr os olhos no chão, os assim assim, vão assobiar e olhar para o lado e os que o não são, que é o meu caso, vão ficar irritados. Afinal este país não sai da parvoeira nem da basbaquice do costume. Ainda não saímos de umas e já estamos noutras...não há coração que resista!!

Devo dizer que por um lado não gosto de futebol (embora o respeite e o considere uma verdadeira arte de malabarismo à flor da relva, quando bem jogado),segundo, sou agnóstica, terceiro, não simpatizo particularmente com Zé Mourinho, portanto, sou insuspeita, creio, p'ra me pronunciar.

Mourinho tem inegável e internacionalmente o mérito que lhe reconhecemos;
admiro-o pelas suas qualidades, que ao que parece lhe estão nos genes.
Começou de baixo, de ascendência quase humilde (que nunca negou), soube o que foi subir a corda a pulso.
É um homem de convicções, um líder, um perfeito "orientador" de homens. Tem metas, objectivos, é coerente, sabe onde está a "estrela" e sabe o que tem que fazer para a ir lá buscar.
As suas qualidades de liderança, reconhecidas aliás pelos seus pupilos, são de respeito, de auto-confiança, de audácia, de amizade, de incentivo, de disciplina e de muito trabalho.
Mourinho não tem um emprego, tem um trabalho, persistente, sempre persistente...

É um "self made man", que projectou, lado a lado com Cristiano e Figo, a imagem de Portugal nos recantos mais inóspitos do planeta.
É um "low profile", controlado, de nervos de aço, cabeça no sítio e pés bem no chão.
Tenho para mim que sabe perfeitamente, que se não exercesse o seu trabalho de uma forma séria, honesta e rigorosa, nem Sto. Expedito (advogado das causas impossíveis, segundo a minha mãe), olharia por ele.

Como disse, não simpatizo particularmente com a figura de Zé Mourinho. Aliás, acho que ele deixou criar à sua volta, uma imagem de marca excessiva, já adoptada, o que desilude um pouco, na personalidade do "special one".

O semblante inalterado, denotando emoções muito controladas, acho um pouco "trabalhado" demais. As maçãs do rosto marcadas, o ar distante e duro, uma desagradável arrogância, querem fazer acreditar que se trata de um assumido "ice man".
Ora eu não creio, apesar de nunca o ter visto sequer sorrir, que quando na sua intimidade, Mourinho solte um "dassee".....não se dê conta, de que se ali se deu realmente qualquer coisa, mais que suficiente para lhe abrir no rosto um sorriso de orelha a orelha!!!! rsrsrs!!

Anamar

2 comentários:

Unknown disse...

Gostei !!!, mas teve um 'q' de suavidade para com o Sr.
Abraço e Beijinhos.

anamar disse...

Olá Filipe
Sr- SENHOR? Ou Sr- senhor?
Não teve seguramente nenhuma suavidade foi com os senhores basbacas deste país, nem com o "aproveitamento " abusivo e miserável da Igreja Católica...que sempre soube "farejar" onde estão os lobbies económicos.
Obrigada e muitos beijinhos
Anamar