domingo, 17 de março de 2013

" O MEU BRINDE " ( vinte mil acessos à página )



O meu post de hoje, é irrelevante.  Aliás, mais irrelevante.

Não quis contudo deixar de referenciar e partilhar convosco, a satisfação que experimento neste momento, em que este meu espaço completa vinte mil entradas de leitores.

Desde sempre me posicionei por aqui, como numa casa, que embora de portas abertas, não publicita o seu endereço.
E não publicita, porque tenho consciência plena do seu  interesse, muito particular e relativo.
Efectivamente,  não se trata de um blogue de cariz eminentemente objectivo, cujos temas abordados suscitem  motivação, análise ou até discussão, por parte de quem o lê.
Não tem enfoque político ou social, por excelência, não traz a lume, temas eminentemente contundentes, que desencadeiem  discussões ou divergências apaixonadas, ou mesmo envolvimentos acalorados.

Não sou, nunca fui, dona de verdades.
Tenho apenas as minhas ... reflectidas, sem dúvida, mas tão só "as minhas",  passíveis de serem  valorizadas  ou não, de terem concordância ou não, adesão ou não ...
Verdades que podem ou não, justificar perda de tempo por parte dos leitores !

É um espaço, aliás como o apresento, profundamente intimista, sem pretensões ambiciosas a que o apoiem ou derrubem, ou sequer o vejam.
Vale o que vale ...  Vale, como vale tudo quanto é subjectivo, pessoal, do domínio dos sentimentos, comandado por uma mente e um coração que são os meus, e não outros ...

Começou meio a brincar, meio a experimentar e a tactear o que com ele faria, ou onde chegaria.
Contudo, nele me revejo, ele faz-me falta,  através  dele  respiro, nele me oiço, me contesto, me critico.
É um lugar de  análise de muita coisa, mas prioritariamente da minha pessoa, da personalidade estranha que também sou ;  é lugar de reflexão exaustiva ... por vezes demasiado exaustiva ;  é um quarto onde me desnudo, num "striptease" de alma, expondo-me sem pudores, como se esse exercício me ajudasse a expurgar tanto do que me atormenta ...

É um espaço livre, de amplos céus e sem horizontes que o limitem, senão aqueles que lhe imponha ... como se a cada momento, eu dançasse solta e menina , na charneca da minha terra ...

É uma tribuna sem grades que me tolham a vontade, sem grilhetas que me confinem o pensamento, sem amarras que me sufoquem a mente ... sem nada nem ninguém, que me cerceie a loucura ...

É um espaço, onde sempre tenho por companhia e por amparo, o meu coração, exposto, desarmado, desgovernado muitas vezes, raramente feliz, sangrando quase sempre, como o meu chão sangra, coberto das papoilas da Primavera ...

Ele  traz- me  muitas  e  gratas  recordações ...  Lê-lo  é  ler  a  minha  vida ...
E cada post é um episódio da mesma, que sempre me reconta com clareza, se o sol me iluminava, ou se as gotas da chuva me escureciam a alma, ou até se as lágrimas molhavam o papel, ao tombarem, naquele momento !...

Também é uma bancada eclética, nos temas que aborda, embora não seja essa, prioritariamente a sua vocação.
Sempre que oportuno, sempre que o reporto como importante, sempre que sou tocada por um ou outro acontecimento social, cultural, da actualidade nacional ou do Mundo, no domínio antropológico, no domínio científico, ou mesmo no meu restrito domínio familiar e pessoal, o abordo, do meu ponto de vista, e o deixo à consideração dos demais.
É também por isso, um espaço de divulgação de tudo o que considero merecedor ... por importante !

Em última análise, poderei dizer que ele é uma fiel fotografia minha ... escrita !

Também já referi, algures, creio, que mantenho comigo o suporte em papel de tudo o que tenho debitado por aqui, o que constitui um espólio que já vai em dez volumes.
Essas "Páginas no Vento" que vou largando, e que o vento vai transportando pelas falésias, pelos areais, pelas copas dos pinheiros das matas ... que se miscigenam com as gaivotas planadoras que invento, admiro e invejo, serão a  minha  única  herança,  realmente  com  valor, ( por  ser  "propriedade  intelectual"  exclusivamente  minha )  que tenciono deixar aos meus netos.
Nela me reconhecerão, seguramente ...

Resta-me deixar humildes agradecimentos, a todos quantos, visível ou invisivelmente me lêem, por todo o Mundo ( porque é espantosamente verdade ), e também as palavras que por vezes me deixam, nas pegadas que desenham aqui, nas minhas páginas, com as quais estabelecem  "pontes invisíveis" de afecto,  comigo ...

Com todos vocês, ergo por isso,  o meu brinde de gratidão !

Bem-hajam !!!


Anamar

5 comentários:

Anónimo disse...

PARABENS

anamar disse...

Obrigada Anónimo, pelos seus parabéns.

Anamar

Anónimo disse...

São merecidos, quando publica ?

anamar disse...

Nunca !

Anamar

Anónimo disse...

WHY??? tem talento, publique.