quarta-feira, 27 de maio de 2020

" AQUI DA MINHA JANELA " - HISTÓRIA DE UM PESADELO - Dia 77






O calor aperta neste anúncio ainda prematuro de um Verão a destempo.
Custa mais ficar em casa.  O céu límpido, o sol a rodos, a brisa que sopra são um desafio ainda maior à nossa capacidade resiliente.
São uma espécie de sopro maléfico daquele diabinho ( dos dois que nos bichanam aos ouvidos ), que tem o papel de nos perturbar e tentar os maus caminhos.  O outro, que nunca sei se é anjo ou demónio, bem buzina em desespero, exibindo-nos um sentido proibido mesmo nas nossas fuças ...
A ordem é mais, de continuar em recolhimento de prudência e ponderação, já que nada está verdadeiramente ganho, e cautelas e caldos de galinha, nunca fizeram mal a ninguém !...

Bom, hoje decidi levar a cabo uma tarefa que odeio e que tenho que realizar duas vezes no ano : o "transplante" das roupitas entre os dois roupeiros maiores de que disponho.  Assim, o calor instala-se e a farpela veranil vem para o roupeiro do quarto onde me arranjo diariamente, sendo trocada pela de Inverno que aí esteve na estação cessante.
Tudo isto por uma questão de praticidade.
Só que, famigeradamente, tenho p'ra mim que o raio das toilettes engordam no período de pousio ...
ou então também estiveram de quarentena em solidariedade com todos os que têm ganho quilos e quilos em compensação do despautério a que temos estado sujeitos ... Ainda não sei !...
Sei é que os cabides, cada um  com duas ou três peças de roupa, pesam que se fartam, são espaçosos que só eles ... e custam horrores para se acomodarem no espaço, que é o mesmo, mas que parece ter encolhido desgraçadamente !
E consequentemente, esta odisseia revela-se um trabalho hercúleo que me faz suar as estopinhas !

Verifiquei entretanto que a roupa de Inverno não foi praticamente vestida !
Todos os modelitos, ordenados e em fileira, achavam que eu tinha ido de férias ... 😃😃
Só anseio que os estivais não sofram o mesmo tratamento !!!

Entretanto fui fazer a caminhada só agora pelas sete da tarde, em que uma brisa abençoada soprava e nos amenizava o esforço.  Na última vez ia " morrendo" com a canícula que se sentia ...
A mata hoje estava frequentada por muito mais gente.  O que vale é que é um bosque cerrado, e os caminhos que disponibiliza garantem-nos a tranquilidade do afastamento entre os utentes, com respeito pela distância social de segurança .
Se aquela mata me falta !.....

Bem, a minha crónica de hoje é assim uma historinha de caracacá ... Mas também não posso  estar sempre  a  contar-vos  ou  desgraças, ou  a  desenvolver  grandes  e  eruditos  temas ...  😌😌
Estes episódios meio "naïfs" afinal também fazem parte das minhas vicissitudes em quarentena !...

Até amanhã !  Fiquem bem,  por favor !

Anamar

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